sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Entrevista inédita de Jango expõe sua opinião sobre o golpe militar de 1964



O ex-presidente João Belchior Marques Goulart via sua queda no golpe de Estado de 1964 como resultado de uma campanha de "envenenamento" da opinião pública contra o seu governo. "Meu maior crime foi tentar combater a ignorância", dizia ele.

Para Jango, criou-se uma confusão entre justiça social (que ele disse ter buscado) e comunismo (que não compartilhava), e que após o assassinato do presidente americano John Kennedy, em 1963, os EUA começaram a derrubar governos constitucionais na América Latina, entre os quais o dele.

Três anos e sete meses depois de deixar o país, era assim que Jango via o painel da crise que o depôs.

A Folha encontrou na Universidade do Texas uma entrevista inédita do ex-presidente feita pelo historiador americano John W. Foster Dulles (1913-2008). O depoimento, realizado em 15 de novembro de 1967 em Montevidéu, permaneceu desconhecido desde então.

Foster Dulles não a utilizou nos livros que escreveu sobre o Brasil ou personagens brasileiros, como Castello Branco e Carlos Lacerda. O historiador Jorge Ferreira, autor de uma biografia de Jango, disse desconhecer a entrevista. O mesmo foi dito por João Vicente Goulart, filho e responsável pelo instituto que leva o nome do ex-presidente.

Filho e sobrinho de dois dos americanos mais influentes do século 20, que ajudaram a moldar o poder dos EUA, o historiador Foster Dulles contou com a influência familiar para se encontrar no Brasil e no exterior com os principais personagens do golpe de 1964. A biblioteca Nettie Lee Benson, da Universidade do Texas, onde o americano lecionou, guarda as centenas de entrevistas realizadas por ele.

Entrevista de John W. Foster com Jango em 15/11/1967

João Goulart disse que estava em Cingapura quando recebeu a notícia da renúncia de Quadros. De Cingapura ele foi a Paris, onde os meios de comunicação com o Brasil eram bons. Goulart disse que tinha passado um ou dois meses fora do Brasil. De Paris, ele falou ao telefone com muitas pessoas no Brasil.

De acordo com Goulart, Auro de Moura Andrade não foi eleito pelo Congresso para o cargo de primeiro-ministro do Brasil durante o regime parlamentar. Goulart disse que o nome de Santiago Dantas foi submetido ao Congresso e analisado por ele. Goulart descreveu Crockatt de Sá como um assessor que ele tinha para assuntos trabalhistas.

Goulart disse que não há no Brasil nenhum sentimento contra o povo dos Estados Unidos. O Brasil quer que os latino-americanos tenham independência em suas discussões. O Brasil quer que os brasileiros, e isso inclui as classes populares, comandem seu próprio destino.

O Brasil sente que já houve por vezes um excesso de interferência por parte dos Estados Unidos. Embora o povo brasileiro não seja contra o povo dos Estados Unidos, pode se dizer que os governos dos Estados Unidos cometeram erros com relação à América Latina.

Sob John Kennedy, os Estados Unidos recuperaram sua perspectiva positiva da América Latina. Os Estados Unidos tiveram então uma política correta, uma que estava em comunhão com o povo. Kennedy era favorável à autonomia dos governos da América e era a favor dos benefícios sociais para a população.

Após a morte de Kennedy, três governos constitucionais na América Latina foram depostos. O governo constitucional do Brasil foi deposto. O governo constitucional da Bolívia foi deposto. O governo constitucional da Argentina foi deposto.

Goulart disse que é verdade que os governos militares possuem algumas vantagens. Mas o povo é democrático. Os Estados Unidos falam muito sobre democracia. Mas os Estados Unidos deveriam permitir a democracia.

Goulart disse que um excesso de liberdade é prejudicial. Mas disse que um excesso do oposto também é prejudicial. O Brasil poderia dar grande ímpeto ao processo democrático. Existe uma ligação entre os governos da América Latina e o governo dos Estados Unidos. Os Estados Unidos precisa do apoio do povo da América Latina.

Tanto Goulart quanto o povo da América Latina pensam que o povo dos Estados Unidos é bom e admiravelmente ativo. Não se deve confundir o povo dos Estados Unidos com os grandes grupos econômicos norte-americanos, que são repudiados pelo povo da América Latina.

Goulart disse que em seus esforços para promover reformas estruturais, ele fez concessões demais a grupos políticos no Brasil. A finalidade dessas reformas estruturais era promover a independência do Brasil, o desenvolvimento do Brasil e o bem-estar do povo brasileiro. Essas reformas são tratadas nas mensagens de 1963 e 1964 que Goulart enviou ao Congresso.

A mensagem de 1963 menciona todas as reformas. Estas foram reformas em prol da independência, do desenvolvimento, do bem-estar do povo e da justiça social. A justiça social não era algo no sentido marxista ou comunista.

O Brasil possui grande potencial. Mas uma reestruturação se faz necessária. Existe no Brasil um grupo pequeno e rico. As massas brasileiras são analfabetas, pobres e vivem em grande miséria.

Hoje a luta está sendo levada adiante de modo inteligente pela Igreja Católica. O povo latino-americano não tem tendências comunistas. O Brasil é católico em sua maioria avassaladora. O Brasil possui a maior porcentagem de população católica no mundo. O Brasil é o principal país católico do mundo.

Hoje, com o uso amplo de rádios e televisores, o povo pobre vê as condições melhores que existem em outros lugares. O grande problema é a justiça social. Não é um problema de comunismo. Mas a insatisfação pode se converter em revolta se as condições não melhorarem. 92% da América Latina se encontra na condição mais precária possível.

Goulart é a favor da concessão do direito de voto aos analfabetos. O analfabetismo não é culpa deles. As pessoas que podem ser chamadas a pagar impostos (e que são chamadas a fazer outra coisa — a palavra usada não está clara em minhas anotações) devem ter o direito de votar.

Goulart disse que, paralelamente à extensão do sufrágio aos analfabetos, os analfabetos devem ser ensinados a ler e escrever. Disse que durante seu governo foram criadas escolas populares para essa finalidade. O programa foi descrito como comunista pelos inimigos do regime. Chegaram a ser montadas escolas de alfabetização em praças públicas.

O ministro da Educação, Paulo de Tarso, foi tachado de comunista e sofreu muito devido ao que fez. Paulo Freire, que também sofreu pelo que fez, é um idealista. Ele é uma espécie de missionário, muito progressista. Seu crime foi tentar combater o analfabetismo. Quando mencionei o MEB, Goulart disse que a Igreja Católica ajudou muito com o programa de combate ao analfabetismo. Ajudou patrocinando aulas que eram ministradas pelo rádio. Goulart disse: "Meu governo deu a maior ajuda" a esse movimento. Goulart disse que, devido à ajuda dada por seu governo aos programas de rádio de aulas de alfabetização, Dom Hélder Câmara ficou muito amigo dele.

Houve uma campanha para envenenar a opinião pública contra "meu governo". Goulart disse que a imprensa estava contra seu governo. Ele acrescentou que a imprensa tem problemas financeiros e é influenciada por grandes grupos empresariais. Os produtos de empresas estrangeiras são anunciados na mídia de comunicação. A maior firma de relações-públicas, ou agência de publicidade, no Brasil é a McCann-Erickson, uma empresa americana. As empresas americanas no Brasil tanto manufaturam produtos no Brasil quanto recebem royalties por produtos produzidos no Brasil.

Goulart disse que seu governo foi acusado de ser um governo incapaz. Mas apontou para a participação de homens como Celso Furtado e Waldir Pires (que tem apenas 33 ou 34 anos e foi o procurador geral da República). Esses homens hoje são professores de universidades na França, tendo conquistado seus cargos em concursos competitivos. Waldir Pires, que está na França há um ano, conquistou seu posto de professor sem dificuldade, tendo ficado em primeiro lugar.

Com relação às remessas de lucros para o exterior, Goulart mencionou que a lei que afeta isso foi aprovada pelo Congresso e que o regulamento foi emitido pelo Executivo. Ele disse que um teto de 10% é um teto alto. É mais alto que os de outros países que têm tetos. O teto na Índia é de 8% a 9%. Existe no Brasil uma questão relativa à avaliação do capital original.

A regulamentação da lei de remessas de lucros no Brasil causou grande perturbação para o governo Goulart. As empresas estrangeiras reagiram mal. Goulart disse que o Brasil queria que parte do capital estrangeiro fosse como o capital nacional. Ele disse que o capital estrangeiro deve cooperar com o povo brasileiro. Disse que, quando o capital estrangeiro chega e depois retorna por completo de onde veio, não há vantagem para o Brasil – pelo contrário, o fato de todo o capital partir prejudica o Brasil.

Goulart disse que todo o capital estrangeiro deve ser bem recebido, mas deve colaborar. Não é interessante se ele vem simplesmente para especular e depois retorna integralmente ao exterior. Goulart disse que o capital estrangeiro é "absolutamente útil". Que ele deve ajudar o país para onde vai.

Mencionei o nome de Amauri Kruel. Goulart disse que Kruel tinha feito recentemente um discurso no Congresso em que disse que a revolução de 1964 foi feita com a finalidade de dar liberdades ao povo, mas que, como resultado da Revolução, houve a suspensão das liberdades. A Revolução, disse Kruel, foi para garantir liberdades, não para suprimi-las. Não foi feita para cancelar eleições. A Revolução foi traída, segundo as palavras de Kruel, conforme elas nos foram ditas por Goulart.

Goulart nos disse que as declarações que estava nos dando não eram declarações que deveríamos atribuir a ele. Disse que nos estava dando seus pontos de vista para ser prestativo; que suas opiniões representam seus sentimentos pessoais. O que eu deveria fazer era investigar e ver se suas opiniões estavam certas ou erradas.

Goulart disse que Djalma Maranhão antes era prefeito de Natal. Ali ele criou escolas em espaços públicos. Algumas dessas escolas foram construídas com materiais muito baratos. Essas escolas em Natal usavam o sistema de ensino de Paulo Freire.

http://www.contextolivre.com.br/2014/12/entrevista-inedita-de-jango-expoe-sua.html

sábado, 15 de novembro de 2014

Agora é guerra total contra o BRICS.

Apertem os cintos, a guerra de informação já desencadeada contra a Rússia deve expandir-se para Brasil, Índia e China.


Brasil, Rússia, Índia e China, como o mundo inteiro sabe, são os quatro principais países do grupo BRICS de potências emergentes, que também inclui a África do Sul e em futuro próximo incorporará também outras nações do Sul Global. Os BRICS perturbam imensamente Washington – e sua Think-Tank-elândia – porque são a corporificação do impulso concertado do Sul Global rumo a um mundo multipolar.
Podem-se apostar garrafas de champanhe crimeano que a resposta dos EUA a esse processo deve ser alguma espécie de guerra total de informação – não muito diferente, em espírito, do “Conhecimento Total de Informação” [orig. Total Information Awareness (TIA)], elemento central da Doutrina da Dominação de Pleno Espectro, do Pentágono. Os BRICS são vistos como importante ameaça –, e conseguir contratorpedeá-los implica dominar toda a grade informacional.
Vladimir Davydov, diretor do Instituto de América Latina da Academia de Ciências da Rússia, acertou o olho do alvo quando observou que:
(...) a situação atual mostra que há tentativas para suprimir não só a Rússia, mas também os BRICS, dado que o papel global daquela associação só faz crescer.
A demonização da Rússia escalou rapidamente nos EUA, das sanções relacionadas à Ucrânia, para Putin o “novo Hitler” e a ressureição do bicho-papão bem testado ao longo da Guerra Fria, tipo “Os Russos estão chegando”.
No caso do Brasil a guerra de informação já começou antes da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. Assim como Wall Street e suas elites comprador locais faziam de tudo para bombardear o que definem como economia “estatista”, Dilma foi também pessoalmente demonizada.
Passos não inimagináveis para futuro próximo talvez incluam sanções contra a China, por causa de sua posição “agressiva” no Mar do Sul da China, ou Hong Kong, ou Tibet; sanções contra a Índia por causa do Kashmir; sanções contra o Brasil por causa de violações de direitos humanos ou excesso de desflorestamento. Seletos diplomatas indianos, lamentam, off the record, que o primeiro dos BRICS a ser afivelado sob pressão será a Índia.
Dado que os BRICS são tijolos realmente chaves na construção de um sistema global de relações internacionais e um sistema financeiro mais inclusivo – e não há outros no mercado – eles que, pelo menos, mantenham-se bem alertas. Se não, cada um deles será abatido, um depois do outro.
Georgy Toloraya, diretor executivo da Comissão Nacional Russa de Pesquisa sobre os BRICS, lembra que hoje, pelo menos, há “mais e mais comunicação acontecendo pelos canais BRICS.”
Os brasileiros, por exemplo, estão particularmente interessados em cooperação de investimentos. O Banco de Desenvolvimento dos BRICS será realidade já em 2015. E uma equipe russa está preparando relatório detalhado sobre perspectivas futuras para cooperação entre os BRICS, para ser discutido em Pequim, em profundidade, durante uma semana, enquanto acontece a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico [orig., Asia-Pacific Economic Cooperation, APEC].Por Pepe Escobar

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

LULA E DILMA CRIARAM COBRINHAS

Percebo que há muitos jovens adultos que, levados pelo poder persuasivo da mídia engajada, declaram o voto em Aécio.Há doze anos esses rapazes e moças não eram mais do que criancinhas que brincavam de boneca e jogavam bola, e nem percebiam que os seus pais se matavam para prover-lhes sustento.

Havia inflação crônica e não sazonal como agora, o desemprego obrigava pessoas com curso superior a participar de concursos para gari, a maioria da população ficava feliz ao comprar o seu primeiro fusquinha usado ou uma moto de 125CC. Tempos difíceis que esses jovens adultos não conheceram.

No governo do País estava FHC, o ícone do PSDB, que vivia sempre de cabeça baixa se submetendo às regras do FMI e assim limitava o crescimento e independência do Brasil. As desigualdades sociais eram absurdas e chegavam à beira da calamidade, uma parcela da sociedade tinha acesso a tudo enquanto a outra não tinha nem o básico para a sua subsistência, mas esses jovens adultos não se lembram disso.

Com a chegada do PT ao governo, o Brasil foi colocado nos eixos e nos libertamos do controle do FMI, o País cresceu e o brasileiro passou a ver as portas abertas para o seu crescimento pessoal e assim o povo teve acesso a melhores condições de vida e chegamos a ser retirados do mapa da fome. Mas os jovens adultos de hoje nem devem se lembrar disso.

Os empregos se multiplicaram, os empregados conquistaram mais direitos e deixaram de ser explorados, obras de infraestrutura foram feitas, os órgãos do governo passaram a permitir investigações e punições dos agentes públicos corruptos, enfim, o Brasil permitiu a ascensão dos seus cidadãos e aqueles que hoje são jovens adultos, passaram a tomar iogurte, ir ao cinema, ter material escolar, lazer e acesso à educação de melhor qualidade, mas eles não se lembram disso.

Como resultado, temos jovens independentes que escolhem em que trabalhar, onde estudar, que podem usar roupas de grife, comprar carros muito superiores a um fusquinha e considerarem-se da classe média.
Ao se considerarem da classe média acham que não devem votar em Dilma porque o partido dela prioriza a melhoria de vida de grupos sociais aos quais os seus pais pertenceram, mas que agora eles não mais pertencem, pois se julgam ’jovens adultos da elite’.



domingo, 12 de outubro de 2014

Exxon contra a Venezuela."Nós derrotamos o maior Imperalismo Transnacional"

PIA.- Depois de sete anos de litígio, o governo da Venezuela realizada como uma cessação triunfo soberano de "terrorismo judicial" iniciado pela Exxon Mobil, após o tribunal internacional ICSID deu um julgamento final em que ignorou a compensação necessária pela transnacional. "A Venezuela é respeitada", disse o Ministério das Relações Exteriores contra as agressões contra a nacionalização dos hidrocarbonetos.

 O país sul-americano não pertence ao ICSID, órgão ao qual renunciou em 2012 depois de um cúmplice para designá-lo como ataques habituais no United. "Hoje culminou este litígio contra a Exxon Mobil, a mais emblemática do imperialismo transnacional norte-americana. Maior transnacional do mundo foi derrotado por nossa República ", o ministro da Venezuela, Rafael Ramirez, com destaque para o triunfo da gestão soberana dos recursos petrolíferos.

 O tribunal arbitral do ICSID emitiu sua decisão final no caso, terminando especulação extorsão: o montante total da compensação para os antigos Projetos Negros Cerro e La Ceiba é 1,591 bilhões, cerca de 20 bilhões Exxon exigiu Mobil e Cococo. Para fazer isso, você deve deduzir 907 milhões dólares pagos pela PDVSA em 2012, "o valor que deveria ter terminado a disputa", disse o Ministério das Relações Exteriores.

 "Mais uma vez vamos derrotar os ataques dos poderosos interesses corporativos, e seus agentes internos", acrescentou. Desde 2007, a Exxon Mobil tentou desafiar a nacionalização da Faixa Petrolífera do Orinoco e da extinção dos contratos de associação celebrados pela PDVSA na década de 90, ambas as iniciativas promovidas pelo falecido comandante Hugo Chávez.

 "Esse ataque à soberania começou com uma tentativa de trazer a seus joelhos por processo abusivo PDVSA, que só pode ser descrito como" terrorismo judicial "quando Exxon Mobil obteve um tribunal em Londres uma ordem congelando ativos da PDVSA global (o famoso "injunção Mareva") ", que conseguiu derrotar Venezuela. Em seguida, o óleo reforçou a sua ICSID campanha contra a nacionalização do Projeto Black Cerro, após rejeitar a "acordo amigável" proposto pelo governo bolivariano. Após a decisão final, "reiteramos que a Venezuela é respeitada, estamos determinados a defender a nossa independência e soberania em qualquer cenário", disse que o país sul-americano. Venezuela ao ICSID renunciou em 2012 "em resposta à arbitragem elementos do sistema de investimento de quem discordamos." No novo comunicado, o governo bolivariano explicou que o corpo arbitral "foi dado muitas vezes para atacar a soberania dos Estados e impor danos punitivos para diferentes países, a fim de inibi-los no exercício da soberania permanente sobre a exploração de recursos naturais ".

-Traduzido por Bing

http://www.noticiaspia.org/venezuela-contra-exxon-derrotamos-la-transnacional-mas-grande-del-imperialismo/#sthash.hQDCDDsQ.dpuf

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

CUIDADO BRASIL!!!


+ Políticos Razoáveis promovem ideias para conquistar as pessoas (seus votos).

- Políticos crápulas fazem de tudo para destruir as ideias, promovendo incêndios criminosos e catástrofes para sair bem na revista para conquistar as pessoas (seus votos)

- Políticos do mal, só trabalham para a Elite e para os EUA.

+ Políticos equilibrados produzem ideias para diminuir a desigualdade interna.

+ Políticos Razoáveis erram administrativamente.

- Políticos Crápulas trabalham apenas para produzir erros e fomentam facções criminosas e grupos de extermínio.

+ Políticos Razoáveis promovem campanhas positivas.

- Políticos crápulas só sabem fazer campanhas negativas, com destruição dos serviços essenciais e plantando boatos.

De que lado você está?

Está na hora da Parcela Coerente da População aprender a identificá-los e não fazer parte das suas jogatinas. Não se submetendo às influências danosas de pessoas sem empatia.

As coisas só vão mudar não só com a inteligência, mas com a sensibilidade para entender a gravidade de algumas atitudes.

Quando você torna como senso comum que Todo Político é ruim, acaba correndo o risco de ser  controlado por pessoas que são do mal, assassinos e incendiários, que fazem de tudo para que acreditem que todos os políticos são assim, fazendo entregar tudo de mãos beijadas.

Eles dizem que as urnas são uma Fraude e por que fazem campanha?
Para provar e comprovar, escolha bem, faça o teste, não vai lhe custar muito.

Evitemos primeiramente as influências dos criminosos, daí ficará mais fácil para cobrar dos que não são e a única maneira de mudar é querendo primeiro. 

no mais é isso
existem diferenças SIM
e não é papo de esquerda ou direita
mas existem diferenças nas influências SIM
Totalmente
isso também pode ser percebido nas indicações comissionadas e secretarias
por isso é importante SIM
saber que tipo de rede
você vai colaborar

sair do senso comum é aprender a reaprender
libertando-se das influências das mídias comerciais
que apoiam podres poderes.

"As generalizações nada agregam e abrem campo para o radicalismo da massa  e oportunismo midiático"

domingo, 28 de setembro de 2014

Evangelizadores querem tomar lugar dos pajés, diz antropólogo

Evangelizadores católicos e evangélicos estão perseguindo os pajés de etnias do interior do Amazonas, na região do rio Solimões, com a intenção de substituí-los para impor aos índios a cultura cristã.

A denúncia é do antropólogo Ademir Ramos, coordenador do NCPAM (Núcleo de Cultura Política do Amazonas), que é uma entidade ligada à Universidade Federal do Amazonas.

Para ele, o que está ocorrendo nas aldeias da região é uma interferência de fora para dentro com o propósito de “matar” a cultura indígena, descaracterizando-a a partir da criação de outros chefes espirituais.

Ele falou que os religiosos disputam entre si quem exerce maior controle sobre os índios. “Há a demarcação, tendo de um lado os católicos e de outro os evangélicos”, disse em entrevista ao Portal Amazônia.

Francisco Loebens, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Regional Norte 1, negou que a Igreja Católica esteja querendo acabar com a liderança dos pajés. Argumentou que o Cimi respeita a diversidade e que tem atuado para fortalecer a cultura indígena. “ Destruir ou agredir [essa cultura] afronta o Evangelho”, disse.

O pastor José Soares, da Omeam (Ordem dos Missionários Evangélicos do Amazonas), afirmou que a denúncia “não tem fundamento”, porque há respeito pela “crendice” dos índios e pelo direito deles de manifestação religiosas.

O que ocorre, falou, é uma “conversa” sobre algumas práticas espiritualistas dos índios e o que diz a Bíblia. “Quando mostramos a palavra de Deus, alguns [índios] acabam por entender o Evangelho”, afirmou.

Com informação do Portal Amazônia.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

IBOPE deve começar a ajustar os resultados manipulados


BEPE DAMASCO - Não sou daqueles que comemoram pesquisa favorável e execram as que não são boas. Mas, depois de tanto tempo acompanhando pesquisa eleitoral, penso que o "pulo do gato" dos institutos que servem aos interesses conservadores, como o Ibope e o Datafolha, é a tal margem de erro. Esticando para baixo e para cima a intenção de votos dos candidatos conforme seus interesses políticos, eles, ao mesmo em que se protegem de questionamentos quanto à eficiência de seus levantamentos, expõem suas preferências de forma subliminar. Às vezes, porém, a coisa escapa do controle e deixam passar flagrantes barbeiragens, como no caso da pesquisa do Ibope divulgada nesta terça-feira, 16 de setembro de 2014.


Nela, o fato novo é o crescimento de quatro pontos percentuais do candidato do PSDB, Aécio Neves, que chegou a 19%. Como pesquisa se compara com pesquisa anterior do mesmo instituto, lembramos que o tucano marcou 15% na sondagem do Ibope publicada na semana passada. Mas, pasmem, sabe de onde o Ibope quer nos fazer crer que vieram a maioria dos votos responsáveis pela subida de Aécio ? Dos eleitores de Dilma. Isso mesmo.

Dos quatro pontos a mais que ele obteve, três saíram da queda da candidata do PT, que variou de 39% para 36%, e apenas um de Marina Silva - de 31% para 30%. É evidente que isso não tem cabimento e não se sustenta do ponto de vista político.

Além de várias pesquisas já terem detectado que o eleitor da Dilma é o mais fiel de todos, pois deseja continuidade e se mostra satisfeito com as mudanças ocorridas no Brasil nos últimos 12 anos, é preciso rememorar os fatos que marcaram a campanha de semana passada para cá. Sim, porque estamos tratando de uma acirrada disputa política, e não de uma queda de braço mercadológica entre um bem de consumo e outro.

Tivemos o choro de Marina e sua vitimização amplamente reverberados pela mídia monopolista e a insistência de Aécio em mostrar as fragilidades e as inconsistências de Marina como alternativa oposicionista. Já a campanha de Dilma investiu mais nas realizações do seu governo, suavizando um pouco a acertada política de revelar quem de fato Marina representa e o risco de retrocesso que um eventual governo seu representaria para o povo brasileiro. Dois grandes eventos muito positivos para a campanha aconteceram no Rio de Janeiro : o ato que reuniu 10 mil pessoas com Lula em frente à Petrobras e o evento com artistas e intelectuais.

Sobre os ataques da oposição e da imprensa à Petrobras, o que se viu foi o mais do mesmo, embora Marina tenha baixado o nível acusando o PT de colocar um diretor "para roubar a Petrobras". Tudo isso somado, convenhamos, é muito pouco para justificar, ou explicar, a pequena  variação negativa de Dilma, de 3 pontos percentuais. E muito menos que o herdeiro desse contingente de eleitores seja justamente Aécio Neves, o candidato "faca nos dentes" de oposição ao governo. Não dá para entender. Está na cara que o Ibope usou o "estica e puxa" da margem de erro para poupar Marina e atingir Dilma.

Vamos supor que seja real o crescimento de Aécio. Sua campanha de fato bateu duro em Marina nos últimos dias, utilizando até com competência uma de suas inserções de TV para mostrar as ligações históricas de Marina com o PT. Mas não é preciso ser nenhum estrategista político para perceber que Aécio tirou votos da candidata do PSB, e não de Dilma. Escudado, porém, na margem de erro, o Ibope está livre de ser cobrado. O negócio é ir ajustando os resultados à realidade à medida em que se aproximam as eleições. Esse é o procedimento padrão dos nossos institutos de pesquisa.

O desenrolar da campanha nos próximos dias parece ser auspicioso para Dilma. Além de explorar na TV o encontro com os artistas e intelectuais, que sempre renderam frutos para o PT, e o ato da Petrobras, maior manifestação de rua da campanha no Rio até agora, Marina e seus assessores seguem fazendo dos seus discursos trunfos preciosos para a campanha da presidenta. Nesta terça-feira, um dos economistas que assessoram Marina disse que o regime de partilha do pré-sal tem de ser revisto, enquanto a candidata do PSB defendeu a "modernização" da CLT. Imagina o o que isso significa para a classe trabalhadora?

Fonte: Forum ZN

As 7 coisas que você precisa saber sobre o referendo na Escócia



Na Escócia, o referendo será realizado na quinta-feira 18 de setembro para decidir sua separação do Reino Unido. O declínio econômico dos cortes populacionais, do neoliberalismo e do bem-estar pioraram a crise e impulsionou argumentos nacionalistas.

Este 18 de setembro dos escoceses vão às urnas para exercer o seu direito de votar e decidir se tornar-se independente ou não do Reino Unido, onde tem sido anexado neste país por 307 anos.

A intenção da independência escocesa tem implicações importantes para nível econômico, político e social, resultando em várias questões que merecem ser explicadas.

1 Porque esse referendo?

O Partido Nacional Escocês (SNP) é o principal defensor da independência, no entanto, a iniciativa adicionou grandes seções de compartilhar o papel da iniciativa da população. O SNP ganhou uma maioria esmagadora em 2011 nas eleições parlamentares, e a partir desse chamado a guerra como uma campanha que compromete seu líder, Alex Salmond.

O referendo é resultado do enfraquecimento dos setores dominantes da sociedade britânica. A crise do capitalismo, o modelo neoliberal, cortes na Segurança Social (mais de 75 bilhões de euros) e à destruição do Estado social que pioraram a situação e os argumentos avançados de independência.

2 O que está em jogo?

As reservas de petróleo e gás são fundamentais nesta luta pela independência, o que tem grandes implicações econômicas.

No Mar do Norte campos petrolíferos são ótimos recursos que geram anuais estimados 40 bilhões de dólares por ano.
Os apoiantes da independência apontar para o modelo norueguês, que investe o boom do petróleo em um fundo de investimento soberano, que poderia se transformar Escócia em um estado rico, se alcançou a independência.

Enquanto isso, o governo conservador britânico argumenta que o Reino Unido tem sido uma união benéfica para todos os seus cidadãos, e no que diz respeito à exploração de petróleo tem sido possível graças ao esforço conjunto que será necessário no futuro, porque dificuldades operacionais.

5.-O que se você ganhar o "sim"?

Independência da Escócia seria um duro golpe para o Estado britânico e a sua posição geoestratégica, devido à perda de um grande território e dos recursos naturais.

O Governo escocês acredita que a independência é a chave para o sucesso econômico.

O Governo escocês acredita que a independência é a chave para o sucesso econômico. Alex Salmond disse que "a Escócia precisa de controle sobre os poderes económicos e fiscais para desbloquear o potencial, promover o crescimento e criar empregos sustentáveis, justamente recompensados."

Além disso, a Escócia teria o controle total do saldo mais eficaz de crescimento - como o imposto, bem-estar e regulação - o que permite o desenvolvimento de políticas para o crescimento económico sustentável e qualidade de vida para a população em geral.

Escócia e é um país rico, mas os benefícios de que a riqueza não é sentida pelas pessoas. Salmond disse: "Com a independência, nós podemos fazer o nosso país rico em uma sociedade próspera."

Para alguns analistas, a ruptura com o Reino Unido seria um fracasso. Entre eles está o economista Nobel Paul Krugman, que no New York Times alertou para os riscos causados pela separação.

"Eu tenho uma mensagem para os escoceses. Tenha medo, tenha muito medo. Os riscos de ir em seu próprio país são enormes. Pode pensar que a Escócia pode se tornar outra Canadá, mas é muito mais provável que acabe se tornando uma Espanha sem o sol ", disse ele.

Suas palavras são adicionadas ao risco real de que muitas empresas financeiras, mas também outras entidades optar por mover seus escritórios para o sul se, finalmente, ganha o "sim".

6.-Porque EUA e Cameron estão com medo de independência?

Para especialistas americanos, voto "sim" à independência refeerendo seria um erro econômico para a Escócia e um desastre geopolítico para o Ocidente.

A perda da Escócia iria enfraquecer a influência Reino Unido na União Europeia

Para os EUA as consequências económicas do processo de independência seria "surpreendentemente negativo".

"A desintegração do Reino Unido deveria estar em declínio a Grã-Bretanha e uma tragédia para o Ocidente, precisamente no momento em que a América precisa de aliados fortes", admitiu o ex-vice-secretário de Estado e ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick Bruce .

Outro motivo de preocupação para os decisores políticos americanos é a cooperação militar. Como disse o senador republicano John McCain com o Financial Times, as ligações a independência escocesa damnificaría inteligência militar e as relações únicas que Washington mantém com Londres, seu aliado militar mais importante.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A história de Luz del Fuego


Se Eva encarnasse em uma mulher, ela com certeza seria Luz del Fuego. Com uma vida entre a nudez e a moral, a artista brasileira foi considerada uma ameaça em potencial aos valores da sociedade que se formava nos moldes cristãos. O seu maior legado foi a denúncia de uma sociedade hipócrita, contraditória e intolerante, que vigorava no Brasil na década de 60.  
Luz del Fuego é o nome artístico de Dora Vivacqua. Ela começou a sua carreira como bailarina em 1944, com o nome de ‘Luz Divina’, porém, mudou o seu nome artístico depois de passar uma temporada na Argentina, quando conheceu uma marca de batom que inspirou o seu novo nome.
Em 1950 ela retornou ao Brasil, onde conseguiu a licença da marinha brasileira para se estabelecer na Ilha de Tapuama de Dentro que fica na Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Sob sua liderança, a ilha foi rebatizada com o nome de ‘Ilha do Sol’, onde foi fundado o primeiro clube naturista brasileiro.
O surgimento de um paraíso tropical da nudez foi um escândalo muito grande, atraindo a atenção de muitos curiosos que queriam conhecer melhor os costumes naturistas. Várias personalidades de Hollywood estiveram na Ilha do Sol, como Errol Flynn, Lana Turner, Ava Gardner, Tyrone Power, César Romero, Glenn Ford, Brigitte Bardot e Steve MacQueen. A nudez total era obrigatória para entrar na ilha.

O naturismo, além de um estilo de vida, é uma experiência de harmonia com o ambiente.  A filosofia que move este costume é o desejo de entrar em contato com a natureza da forma mais pura. A nudez é apenas um dos elementos do naturismo, porém, o naturismo não gira em torno da nudez como muitos imaginam. 
A ousadia de Luz del Fuego serviu de cenário para grandes polêmicas dos jornais de sua época. Longe da ilha naturista, a dançarina costumava desfilar na praia usando biquíni – algo muito desrespeitoso para as famílias tradicionais da década de 60.
Grande parte do encanto de Luz Del Fuego veio de sua dança, que encantava homens de todo país. A sua maior atração era a dança com as jiboias, que inspirada por um costume muito antigo, fantasiou a mente dos homens de sua época. 




Luz del Fuego morreu em 1967, assassinada junto ao seu caseiro. Após a sua morte, a Ilha do Sol voltou a ficar desabitada. A sua memória foi lembrada para sempre não apenas por causa da nudez, mas por causa do desafio às leis tradicionais e a sua dança.
Até hoje Luz del Fuego é considerada uma referência de feminismo brasileiro. Alguns estudiosos destacam que ela é uma importante personagem que deveria entrar para a história.

Em 1994 o Fantástico exibiu uma reportagem sobre o livro biográfico que ia ser lançado sobre ela. O mais interessante desta reportagem é que além de mostrar a trajetória da artista, as suas citações mais importantes são interpretadas por uma atriz, que deixou o sentido das frases muito mais vivo. 

http://omundoimaginarioderodrigo.blogspot.com.br/2014/03/a-historia-de-luz-del-fuego-e-o.html

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vende-se um filho

Vende-se um filho: como a barriga de aluguel está mudando a economia na Índia


Em Anand, pequena cidade no estado de Gujarat, na Índia, a população vive com o equivalente e R$ 2,80 por dia. Mas um novo comércio está quebrando as barreiras sociais na vida das mulheres: a venda dos próprios úteros para dar à luz filhos de casais inférteis

Mesmo em tempos modernos, ter filhos é, sem dúvida, o sonho de muitas mulheres. Aquelas que não podem ter, no entanto, se veem frustradas com burocracias de adoção e preferem recorrer à barriga de aluguel. Mas, e quanto aos lugares não têm a técnica legalizada ou, como nos Estados Unidos, quando o preço está longe do alcance das meras mortais? Para esse caso, a procura pelo comércio de bebês na Índia é a solução.

A Clínica de Fertilidade de Akanksha é pioneira em barriga de aluguel comercial. Localizada em Anand, cidade no estado de Gujarat, essa clínica cobra a partir de 17 mil libras esterlinas (quase R$ 67 mil) pelo processo de fertilização. De 2004 para cá, mais de 700 bebês já foram gerados através deles. A “mãe substituta”, que é como eles chamam a doadora da barriga de aluguel, recebe um cachê de 4,7 mil libras, além de terem as despesas pagas durante toda a gestação. O valor, equivalente a R$ 18,4 mil, está mudando a vida dessas mulheres, acostumadas a viverem com 75 rúpias (míseros R$ 2,80) por dia.

Do teto de zinco para o duplex
Sarla Patelia, de 40 anos, vive em uma aldeia chamada Manjipura, a cerca de 25 km de Anand. Ela foi uma substituta em 2009 e 2012. Com o dinheiro que ganhava, construiu uma nova casa de dois andares e sua família mudou-se para fora da cabana com um teto de zinco que viviam anteriormente.

"Esse dinheiro completamente a nossa vida", disse em entrevista ao jornal Daily Mail, explicando ainda que seu marido, Shashikant, 44 anos, tinha um tumor, e ela foi capaz de pagar por uma operação para salvar sua vida. “Nós realmente não temos uma fonte de renda no momento. Ainda vivemos do dinheiro que ganhei na época, como barriga de aluguel. Mas foi muito bem investido e hoje vivemos com conforto no duplex”.

Após três “filhos”, uma renda mensal
Outra indiana, Neeta Makwara de 30 anos, mora na aldeia de Nadiad e deu à luz um menino para um casal de estrangeiros em 2008; e gêmeos para outro casal em 2011. A primeira vez seu marido desperdiçou todo o dinheiro que recebeu. Mas na segunda oportunidade, ela usou o dinheiro para construir uma casa de três andares. Agora, ganha dinheiro com o aluguel mensal do térreo do imóvel.

Questão de lifestyle
Nayna Patel, diretor médico da clínica de Akanksha, diz que a acessibilidade é um fator para casais estrangeiros que optam por barriga de aluguel na Índia. A popularidade aumenta porque os médicos indianos e a tecnologia médica são bem vistos. Por incrível que pareça, é levado em conta também o bom estilo de vida das mulheres pobres da aldeia. "Elas são consideradas confiáveis, comprometidas e não têm vícios como drogas, fumo e bebida", diz  Patel.

Negócios à parte!
O Dr. Jatin Shah, dono de uma clínica em Mumbai, explicou ao Huffington Post que, ao contrário do que muitas mulheres receiam, as substitutas não criam vínculos com as crianças geradas por elas. "Elas fazem pelo dinheiro. Geralmente são mulheres que já têm filhos e família formada e precisam colocar dinheiro em casa. Não há interesse em ficar com a criança. Além de tudo, há um contrato legal entre a geradora da criança e a mulher que 'contrata' o serviço. Já vi vários casos e há filas de espera para mães que querem ser barriga de aluguel".

http://revistaglamour.globo.com/Na-Real/noticia/2014/03/vende-se-um-filho-o-modo-como-barriga-de-aluguel-esta-mudando-economia-na-india.html

Marco civil da internet: A liberdade na rede vai acabar?

Ativistas atentam para o fato de que o projeto vai estabelecer um “estado de vigilância” e que operadoras vão derrubar a neutralidade da rede


Por Marcelo Hailer
Congresso Nacional desde 2011, o Projeto de Lei 2.126/11, mais conhecido como o Marco Civil da Internet, tem gerado polêmica, discordância entre os parlamentares e ativistas e travado a pauta da Câmara desde outubro e, tudo indica que o cenário não vai mudar. Em entrevista nesta edição da revista Fórum, o relator do PL, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), declarou que o projeto ainda corre sério risco de ser “desfigurado” e que o lobby das empresas de telefonia, que são contrárias à neutralidade da rede, impede que ele seja votado.

E nesta semana os contrários à neutralidade da rede ganharam um apoio de peso: o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), declarou durante o carnaval que o seu partido “deveria” deixar a base de apoio ao governo federal e, como moeda de troca, colocou na mesa da negociata o Marco Civil da Internet. Segundo o parlamentar, o projeto não será votado enquanto a neutralidade da rede não for retirada. O que contraria diretamente a orientação da presidenta Dilma Rousseff (PT), que, juntamente com o seu governo, defende a permanência da neutralidade.

Mas, antes de ir adiante é preciso entender o que é a neutralidade da rede, que tem travado a votação do Marco Civil da Internet. Na prática é assim: hoje subimos textos, vídeos, fotos e outros materiais pagando o mesmo preço, mas, se a neutralidade cair, as operadoras poderão cobrar pacotes diferenciados, quer dizer, se você quiser fazer upload de todos os itens citados terá de pagar mais para isso, ou comprar pacotes que permitam subir apenas textos ou vídeo. Entendeu por que tanta sanha das operadoras para derrubar a neutralidade da rede?

Se o embate da neutralidade da rede se dá diretamente com os empresários, outro ponto do Marco Civil da Internet tem causado rusgas entre ativistas e a relatoria do Projeto de Lei: trata-se do artigo 16, que prevê armazenamento por seis meses da navegação dos usuários, mas que só poderá ser averiguado mediante ação judicial, coisa que hoje em dia não é obrigatória, segundo Molon. O relator do projeto ainda garante que o artigo 16 não representa perigo ou vigilância, pelo contrário, vai tornar o ambiente digital mais “seguro do que é hoje”. Alguns ativistas discordam e têm afirmado que o artigo 16 vai instituir um “estado de vigilância completo”. Contra o referido artigo foi lançada a campanha #16IgualNSA (em referência à agência de espionagem denunciada por Edward Snowden, a National Security Agency).

A reportagem conversou com as ativistas Bruna Provazi, da Marcha Mundial das Mulheres, e com Everton Rodrigues, do Coletivo ARRUA, ambos têm acompanhado e participado do processo de construção e mobilização do Marco Civil da Internet. Perguntamos a Provazi e Rodrigues da importância de se aprovar o projeto de lei que visa regulamentar a rede. “Queremos que o Marco Civil garanta a nossa privacidade e nosso anonimato. Hoje em dia a internet é usada também para auxiliar nas perseguições políticas e na criminalização dos movimentos sociais. Precisamos ter nossa privacidade assegurada e ter segurança sobre os dados que trocamos”, declarou Bruna Provazi.

Para Everton Rodrigues, o Marco Civil vai tornar a rede mais justa e o Brasil, mais democrático. “O Marco Civil da Internet original, elaborado de forma coletiva, garante a diversidade de visões sobre o Brasil, garante a transparência de governos municipais, estaduais e federal querendo eles ou não, combate monopólios e coloca pequenas e grandes empresas no mesmo nível de comunicação com a sociedade, amplia as possibilidades de articulação dos coletivos sociais que com isto torna o Brasil mais democrático”, analisa Rodrigues.

Everton Rodrigues também comentou com a reportagem a respeito da dificuldade de se votar o Marco Civil. Para ele, um projeto que foi construído em assembleias participativas assusta os políticos, pois, segundo ele, isso “não é um bom exemplo”. “Para os setores conservadores da política brasileira, aprovar um projeto de lei escrito a partir de debates com a sociedade abre possibilidades para a ampliação desta prática. Os poderosos líderes da política conservadora em hipótese alguma aceitam processos participativos. O fato de se aprovar um projeto elaborado pela própria sociedade, que sempre tende a ser em benefício da sociedade, assusta terrivelmente muitos personagens que representam o pior da política. Para estes, aprovar um projeto com este histórico não é um bom exemplo e pode atrapalhar as velhas práticas do curral político que elabora projetos de interesse social dentro de gabinetes e com portas fechadas”, criticou Rodrigues.

A respeito da neutralidade da rede, ambos concordam que sem ela o Marco Civil não faz sentido. “A neutralidade é um princípio fundamental para garantir que a internet seja de fato um direito de todos. Sem a neutralidade dos pacotes de dados, as operadoras poderão tarifar nossa conexão de maneira diferenciada, ou seja, você só tem grana pra pagar um tipo de plano, só poderá acessar tais conteúdos, que dirá baixar/subir vídeos por exemplo. Isso já acontece de certa maneira com as operadoras de celular que oferecem ‘acesso às redes sociais’. Se podemos acessar as redes sociais, por que não podemos acessar o resto da rede?”, questiona Bruna.

“A internet que conhecemos está totalmente em risco. Ao analisar todo o processo do Marco Civil, desde quando elaboramos de forma coletiva, até agora, concluo que os lobistas serão vitoriosos. Vamos perder porque são poucas pessoas que compreendem este processo. Somente depois que o vigilantismo total for instalado (art. 16), e pessoas forem punidas injustamente, é que o nosso movimento pela internet livre irá crescer. Mas, ai será tarde”, analisa Rodrigues, que está pessimista quanto à aprovação da neutralidade da rede.

Bruna ainda pontua que, se a neutralidade não for garantida, só os detentores do poder é que vão produzir conteúdo. “Apesar de a internet ser um meio de comunicação mais democrático e acessível, na prática, se não garantirmos acesso igual para todas as pessoas, só aquelas que têm maior poder aquisitivo serão produtoras de conteúdo. E é claro que esse acesso mais democrático não diz respeito apenas à neutralidade, mas também a garantir banda larga de graça para toda a população”, critica a ativista da Marcha Mundial das Mulheres.

Criptografia: a nova resistência política?

Desde que as denúncias feita pelo Wikileaks e depois pelo ex-agente da NSA Edward Snowden, a respeito da investigações e vigilâncias de cidadãos do mundo inteiro a partir de dados do Google, Facebook e outras redes utilizadas pelos sujeitos vieram a público, um termo saiu do underground cypherpunk e emergiu entre os usuários da rede: a criptografia. E o que significa isso? A grosso modo, trata-se de uma técnica que embaralha a mensagem quando sai do emissor e a decodifica quando chega a seu receptor. Dessa maneira, dificulta a vigilância de conteúdos alheios por governos e corporações, pois embaralha a mensagem no seu caminho.

Assange, fundador do WikiLeaks é acusado de terrorismo digital pelo governo dos Estados Unidos por divulgar documentos governamentais
Assange, fundador do WikiLeaks é acusado de terrorismo digital pelo governo dos Estados Unidos por divulgar documentos governamentaisn(foto: Wikimedia Commons)
O método da criptografia ficou conhecido com Julian Assange, líder do Wikileaks e que hoje vive recluso na embaixada do Equador, em Londres, que defende a prática da criptografia como resistência às espionagens e que ela deve ser massificada. No Brasil, um dos principais especialistas e defensor da criptografia é o ativista e pesquisador da Universidade Federal do Grande ABC (UFABC) Sérgio Amadeu. O professor trabalha com a tese de que estamos entrando na era da “resistência criptopolítica”.

Para o Amadeu, “a criptografia torna-se instrumento político a ser amplamente incorporado pelos movimentos de resistência ao poder da análise e a biopolítica de modulação executada pelas grandes corporações, de tecnologia e de rede”. O pesquisador ainda pontua que a “criptografia se tornou um instrumento de Direitos Humanos” na defesa da privacidade das pessoas que utilizam a rede.

Quando a venda do Whatsapp ao Facebook, no valor de 12 bilhões de dólares, se tornou pública, cerca de 5 milhões de pessoas migraram para o aplicativo russo Telegram, que é praticamente igual ao seu concorrente, com uma diferença: as mensagens são criptografadas. A partir de então, outros dispositivos encriptados se tornaram conhecidos e a discussão está posta.

Ainda há muita gente que desconfia dos aplicativos criptografados e afirmam que não adianta nada, que os dados dos usuários da rede já são de conhecimento das corporações e dos governos e que estão armazenados. Por outro lado, há quem defenda a debandada para redes que garantam a privacidade e segurança dos usuários. E esta é a grande polêmica em torno do Marco Civil da Internet no Brasil. O artigo 16 fere o direito à liberdade de navegação? Com a existência dele, vamos deixar de postar e ou navegar por certos endereços digitais? Ou, estamos de frente para uma grande encruzilhada que apenas começou e a rede é um grande panóptico vigilante?

Revista Fórum

O Islã e a pedofilia

Islâmicos defendem casamento de adultos com crianças


O CII (Conselho da Ideologia Islâmica) do Paquistão defendeu o casamento de adultos com crianças ao decidir que as leis civis do país que proíbem esse tipo de união não são islâmicas.

Ao final de uma reunião na semana passada, o CII comunicou que, de acordo com o Islã, não há idade mínima para o casamento.

Acrescentou, contudo, que o rukhsati (a consumação do casamento, ou seja, o primeiro relacionamento sexual do casal) só é permitido quando marido e mulher atingirem a puberdade.

O CII é uma entidade constitucional que assessora o Legislativo, mas não tem prerrogativa de aprovar leis.

Pela legislação paquistanesa, a idade mínima para o casamento é de 18 anos para homens e de 16 para mulheres.

A manifestação do Conselho da Ideologia teve como base a vida conjugal de Maomé. O profeta teve 12 mulheres, e a sua preferida era Aisha, com quem se casou quando ela estava seis ou sete anos. O rukhsati ocorreu quando Aisha tinha 9 anos e ele, 50.

O Paquistão é uma república parlamentarista islâmica. Tem mais de 170 milhões de habitantes — mais de 95% deles são islâmicos.

Maulana Mohammad Khan Sheerani, presidente do CII, afirmou que a governo precisa mudar a lei do casamento para torná-la mais compatível com os fundamentos do islamismo, permitindo, inclusive, que o homem possa se casar com mais de uma mulher.

Com informação do Pakistan Today, entre outras fontes.

 http://www.paulopes.com.br/2014/03/islamicos-defendem-casamento-de-adultos-com-criancas.html#ixzz2wEKVlVmG

segunda-feira, 21 de julho de 2014

STOP!GAZA EXTERMINATION!

As guerras são sempre palco de crimes hediondos


Crianças, mulheres e idosos indefesos são vítimas inocentes dos senhores da guerra.

Porque a guerra é um negócio.

Um negócio para os fabricantes de armamento.

Um negócio para os traficantes de armas, porque não há só traficantes de droga e de 

tabaco.

E quando esse armamento é posto nas mãos de separatistas, de milicias civis inconscientes, 

as atrocidades podem ter as proporções que deixaram o mundo horrizado com o 

abatimento, na Ucrânia,( com recurso de um míssil), do avião da Malaysia Airlines que ligava 

Amesterdão a Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo.

Tudo aponta para os separatistas russos.

Mas a responsabilidade também é de quem lhes forneceu irresponsavelmente material bélico.


A comunidade internacional não pode deixar sem punição todos os responsáveis por este 

tresloucado ato.

sábado, 19 de julho de 2014

DAS PEDRAS DE DAVID AOS TANQUES DE GOLIAS - POR: JOSÉ SARAMAGO

    Afirmam algumas autoridades em questões bíblicas que o Primeiro Livro de Samuel foi escrito na época de Salomão, ou no período imediato, em qualquer caso antes do cativeiro da Babilónia. Outros estudiosos não menos competentes argumentam que não apenas o Primeiro, mas também o Segundo Livro, foram redigidos depois do exílio da Babilónia, obedecendo a sua composição ao que é denominado por estrutura histórico-político-religiosa do esquema deuteronomista, isto é, sucessivamente, a aliança de Deus com o seu povo, a infidelidade do povo, o castigo de Deus, a súplica do povo, o perdão de Deus. Se a venerável escritura vem do tempo de Salomão, poderemos dizer que sobre ela passaram, até hoje, em números redondos, uns três mil anos. Se o trabalho dos redactores foi realizado após terem regressado os judeus do exílio, então haverá que descontar daquele número uns quinhentos anos, mais mês, menos mês.

     Esta preocupação de exactidão temporal tem como único propósito oferecer à compreensão do leitor a ideia de que a famosa lenda bíblica do combate (que não chegou a dar-se) entre o pequeno David e o gigante filisteu Golias, anda a ser mal contada às crianças pelo menos desde há vinte ou trinta séculos. Ao longo do tempo, as diversas partes interessadas no assunto elaboraram, com o assentimento acrítico de mais de cem gerações de crentes, tanto hebreus como cristãos, toda uma enganosa mistificação sobre a desigualdade de forças que separava dos bestiais quatro metros de altura de Golias a frágil compleição física do louro e delicado David. Tal desigualdade, enorme segundo todas as aparências, era compensada, e logo revertida a favor do israelita, pelo facto de David ser um mocinho astucioso e Golias uma estúpida massa de carne, tão astucioso aquele que, antes de ir enfrentar-se ao filisteu, apanhou na margem de um regato que havia por ali perto cinco pedras lisas que meteu no alforge, tão estúpido o outro que não se apercebeu de que David vinha armado com uma pistola.

     Que não era uma pistola, protestarão indignados os amantes das soberanas verdades míticas, que era simplesmente uma funda, uma humílima funda de pastor, como já as haviam usado em imemoriais tempos os servos de Abraão que lhe conduziam e guardavam o gado. Sim, de facto não parecia uma pistola, não tinha cano, não tinha coronha, não tinha gatilho, não tinha cartuchos, o que tinha era duas cordas finas e resistentes atadas pelas pontas a um pequeno pedaço de couro flexível no côncavo do qual a mão experta de David colocaria a pedra que, à distância, foi lançada, veloz e poderosa como uma bala, contra a cabeça de Golias, e o derrubou, deixando-o à mercê do fio da sua própria espada, já empunhada pelo destro fundibulário. Não foi por ser mais astucioso que o israelita conseguiu matar o filisteu e dar a vitória ao exército do Deus vivo e de Samuel, foi simplesmente porque levava consigo uma arma de longo alcance e a soube manejar. A verdade histórica, modesta e nada imaginativa, contenta-se com ensinar-nos que Golias não teve sequer a possibilidade de pôr as mãos em cima de David, a verdade mítica, emérita fabricante de fantasias, anda a embalar-nos há trinta séculos com o conto maravilhoso do triunfo do pequeno pastor sobre a bestialidade de um guerreiro gigantesco a quem, afinal, de nada pôde servir o pesado bronze do capacete, da couraça, das perneiras e do escudo. Tanto quanto estamos autorizados a concluir do desenvolvimento deste edificante episódio, David, nas muitas batalhas que fizeram dele rei de Judá e de Jerusalém e estenderam o seu poder até à margem direita do rio Eufrates, não voltou a usar a funda e as pedras.

     Também não as usa agora. Nestes últimos cinquenta anos cresceram a tal ponto a David as forças e o tamanho que entre ele e o sobranceiro Golias já não é possível reconhecer qualquer diferença, podendo até dizer-se, sem ofender a ofuscante claridade dos factos, que se tornou num novo Golias. David, hoje, é Golias, mas um Golias que deixou de carregar com pesadas e afinal inúteis armas de bronze. Aquele louro David de antanho sobrevoa de helicóptero as terras palestinas ocupadas e dispara mísseis contra alvos inermes, aquele delicado David de outrora tripula os mais poderosos tanques do mundo e esmaga e rebenta tudo o que encontra na sua frente, aquele lírico David que cantava loas a Betsabé, encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon, lança a “poética” mensagem de que primeiro é necessário esmagar os palestinos para depois negociar com o que deles restar. Em poucas palavras, é nisto que consiste, desde 1948, com ligeiras variantes meramente tácticas, a estratégia política israelita. Intoxicados pela ideia messiânica de um Grande Israel que realize finalmente os sonhos expansionistas do sionismo mais radical; contaminados pela monstruosa e enraizada “certeza” de que neste catastrófico e absurdo mundo existe um povo eleito por Deus e que, portanto, estão automaticamente justificadas e autorizadas, em nome também dos horrores do passado e dos medos de hoje, todas as acções próprias resultantes de um racismo obsessivo, psicológica e patologicamente exclusivista; educados e treinados na ideia de que quaisquer sofrimentos que tenham infligido, inflijam ou venham a infligir aos outros, e em particular aos palestinos, sempre ficarão abaixo dos que sofreram no Holocausto, os judeus arranham interminavelmente a sua própria ferida para que não deixe de sangrar, para torná-la incurável, e mostram-na ao mundo como se tratasse de uma bandeira. Israel fez suas as terríveis palavras de Jeová no Deuteronómio: “Minha é a vingança, e eu lhes darei o pago”. Israel quer que nos sintamos culpados, todos nós, directa ou indirectamente, dos horrores do Holocausto, Israel quer que renunciemos ao mais elementar juízo crítico e nos transformemos em dócil eco da sua vontade, Israel quer que reconheçamos de jure o que para eles é já um exercício de facto: a impunidade absoluta. Do ponto de vista dos judeus, Israel não poderá nunca ser submetido a julgamento, uma vez que foi torturado, gaseado e queimado em Auschwitz. Pergunto-me se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazis, esses que foram trucidados nos pogromes, esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de infelizes não sentiria vergonha pelos actos infames que os seus descendentes vêm cometendo. Pergunto-me se o facto de terem sofrido tanto não seria a melhor causa para não fazerem sofrer os outros.

     As pedras de David mudaram de mãos, agora são os palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo norte-americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos terroristas suicidas… Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.

http://politicanadaimparcial.blogspot.com.br/2009/01/das-pedras-de-david-aos-tanques-de.html

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A "geração todynho" e a Copa no Brasil

Não adianta estar estudando em faculdade, não adianta ter dinheiro, não adianta usar roupas de marca e não adianta botar pano na cara ou pintar o rosto e sair por aí em atos de violência quebrando, ferindo, e quando não matando.
O que vale é a educação e a educação de berço é a que mais conta.

Pessoas educadas reclamam sim, mas não entoam xingamentos de baixo calão e nem se utilizam da violência e da destruição em suas manifestações para denegrir a honra das pessoas e muito menos para inutilizar o patrimônio público.

Mas isso tudo porque os seus candidatos carecem de feitos e de projetos e sem alternativas esses baderneiros descambam para a violência e apelam para ignorância.
E entram em contradição quando criticam os gastos com a copa, usando os hospitais e as escolas como os seus bodes expiatórios para denegrir esse maravilhoso evento, que não é um gasto e sim um investimento que se traduz numa oportunidade ímpar de se propagar a imagem de um Brasil pujante e que desponta como sendo a sétima economia do mundo.

Portanto, na verdade, não clamam por hospitais e muito menos por escolas.
O que eles querem mesmo é usar isso como chantagem, pois não são os pobres que estão nos espaços públicos fazendo arruaças, mas sim os mauricinhos e as patricinhas, travestidos de pitgirls e de pitboys, que junto com alguns da mídia pregam um caos que não existe.

Vale ressaltar que o atual governo investe muito em educação e em saúde, mesmo não contando mais com os recursos da CPMF, irresponsavelmente tirada pelos opositores para prejudicar o governo atual, com o intuito de escassear os investimentos para a área da saúde. No popular, eles tiram o picolé da boca da criança e depois ainda batem nela.

Mas o que todos precisam saber é que, embora o governo não disponha mais da CPMF, que era um imposto taxado principalmente aos mais ricos, assim mesmo ele remanejou recursos e aumentou em muito os valores para essas duas tão importantes áreas e, além do que, as verbas destinadas a educação e a saúde pública vão para os estados e para os municípios, respectivamente, aos governadores e aos prefeitos, que são os que devem ser cobrados pela sua boa aplicação.

O governo federal, consequentemente, está fazendo a sua parte e inclusive está contratando mais médicos, porque essa é a medida de maior necessidade na área da saúde e, portanto, o seu maior gargalo.

No tocante a copa, estão aí prontas todas as arenas e não acreditavam que fossem construídas a tempo, a exemplo de uma revista que jogou a prontificação dos estádios para as calendas, para não antes de 2038.

O governo provou que tem capacidade, embora com todas as ações contrárias superou as adversidades e fez acontecer em todas as áreas e isso é uma prova real de que esse governo é laborioso e competente.
E os benefícios, tanto sociais, quanto turísticos, advindo da Copa são consideráveis. Absorveu muita mão de obra. E não foram só as arenas, foram também os aeroportos, os corredores viários, os hotéis, etc.

Por fim, os apregoadores do "não vai ter copa" se esforçaram muito e se somaram a eles a mídia e outras forças externas, mas não conseguiram instalar o caos e o que se vê é uma brilhante festa, acontecendo dentro das expectativas.

O lucro, portanto, está sendo muito maior do que o gasto e valeu o investimento, principalmente porque ficam todos esses benefícios para o usufruto do povo brasileiro, tanto as arenas quanto tudo o que foi construído na área viária, na hoteleira e, principalmente, na aeroportuária.

terça-feira, 24 de junho de 2014

A incrível pirâmide flutuante do "Fantástico" (e outras bobagens)



Por Carlos Cardoso
O Fantástico prestou (mais um) enorme desserviço à população. Em uma matéria que envergonharia o History Channel apresentaram uma “comunidade esotérica” na Serra do Roncador famosa por suas sessões de cura.

Controlada por uma cidadã que atende pelo incrivelmente humilde título de “Deusinha”, o grupo pratica a nobre arte de separar otários de seu dinheiro, vendendo promessas vazias de curas milagrosas, via pacotes de R$ 700,00 que envolvem as clássicas “cirurgias espirituais”. Você sabe, aquele truque barato de mágica onde um prestidigitador finge que está enfiando a mão dentro do sujeito e tirando o câncer, a diabetes e em alguns casos a… a Aorta.

Os picaretas do Fantástico (sorry, não merecem ser chamados de Jornalistas) perguntaram aos místicos se poderiam recolher amostras dos tecidos e sangue removidos dos pacientes miraculosamente curados. A resposta?

“Nós do grupo entendemos que fazer a biopsia seria pedir uma comprovação daquilo que o mestre está mostrando para nós. Hoje nós não estamos liberando, te dando o material para você levar para biopsia em função disso. Porque nós entendemos que é um respeito e um amor pela atitude do mestre.”
Exato. Fazer a biópsia seria pedir uma comprovação. Isso se chama CIÊNCIA.

Não satisfeito o Fantástico achou uma das fiéis do tal grupo que por acaso é médica. Geriatra. Vejam o diálogo:

Fantástico: “E você está certa de que era carne aquilo e de que era sangue?”
Elisabeth Teixeira: “Sim, sim.”

Fantástico: “O que a senhora viu é realmente sangue? É secreção humana?”
Fernanda Campos, médica cirurgiã: “É sangue, é secreção humana, e é tecido realmente do fígado, se operar o fígado, é tecido hepático, é tecido pancreático, é tecido gástrico. Depende onde o mestre vai fazer a vibração de cura.”
Ou seja: ela é capaz de identificar fragmentos de tecido de diversos órgãos e determinar se uma secreção é humana ou animal apenas olhando. Essa mulher merece um Nobel da Medicina. Ou uma comissão de ética do Conselho.

O tal grupo do Santuário Místico do Roncador diz seguir uns tais Mestres Intraterrenos, que moram nos subterrâneos e/ou além de um portal interdimensional que existe dentro de uma caverna. A tal “Deusinha” é a única que escuta os tais Mestres, através do ouvido surdo.

A chamada da Globo foi de uma má-fé atroz, é impossível que tanto desconhecimento científico exista, e a própria matéria contradiz a chamada:

Elas flutuam? Com certeza, não é truque, os curandeiros deixam os jornaleiros passarem uma corda em volta para demonstrar como não há nada físico entre as pirâmides de alumínio de 400 kg e as 4 bases. Para os desenganados que jogam dinheiro fora financiando essa gente parece realmente impressionante. Se esses desenganados quiserem muito acreditar, num nível Fox Mulder sobre aliens ou eu que a Luciana Vendramini vai me ligar desejando feliz aniversário, claro.

Em um raro momento de lucidez o jornaleiro da Globo desvenda o truque, mas nem percebe, quando diz:

“A pirâmide parece realmente estar solta, suspensa por um campo magnético.”
Sim, seu fugitivo da escola primária que passou a infância soltando pipa no ventilador. QUALQUER CRIANÇA que já desmontou um alto-falante para brincar com imãs sabe disso. É o truque mais velho do mundo. É ciência básica, magnetismo descrito por Tales de Mileto em 600 AC. PIOR, enquanto em 2014 você se DESLUMBRA com um brinquedo de criança, em 600 AC um GÊNIO indiano chamado Sushruta Samhita não só entendia imãs como os usava como ferramenta. Ele era médico e removia farpas e estilhaços de metal de seus pacientes. Com imãs. Entendeu o PORQUÊ de a Índia ter um programa espacial de verdade?

As tais pirâmides (note que estou abusando do pejorativo “tal”) estão contidas por barras de ferro, para que não sejam repelidas lateralmente, como todo mundo que brincou com imãs (você não, jornaleiro da Globo) sabe. Eles até removem as barras e demonstram a pirâmide sair de alinhamento e cair.

A bobagem, claro, é a cura de todos os males:

Dalvan David Luvison: “Ela faz a cura em qualquer tipo de doença.”
Fantástico: “Qualquer tipo de doença?”
Dalvan David Luvison: “Qualquer tipo.”
Fantástico: “Mesmo doenças graves?”
Dalvan David Luvison: “Sim. Doenças médias, leves e graves. Não em um estado muito adiantado, que não tem mais condições, mas qualquer tipo de doença. Porque essas ondas tem todos os comprimentos, frequências e amplitudes de ondas. Então é tipo uma radioterapia natural da Terra.”
Se a tal pirâmide gera ondas eletromagnéticas com todos os “todos os comprimentos, frequências e amplitudes de ondas” então ela tem energia infinita. Podiam vender pro Al Gore. E ganhar um Nobel por desmentir todo o conhecimento de Física contemporâneo.

Um físico foi aporrinhado pelo Fantástico, e obviamente em 5 s deduziu o funcionamento do brinquedo, fez até um modelo em laboratório demonstrando a tal pirâmide flutuante, que o Fantástico INSISTE em tratar como mistério. Geraldo Magela, o cientista em questão teve sua fala editada e quando ele diz que a tal pirâmide NÃO está sob efeito de um campo magnético natural fica parecendo que ele defende a picaretagem.

O que ele quis dizer é que se fosse o campo magnético da Terra todo mundo estaria levitando, pois um campo forte assim agindo universalmente afetaria todo tipo de molécula diamagnética, como a água em nossos corpos. Tipo isto: um sapo flutuando em um campo magnético.

A “reportagem” chega ao cúmulo de dizer:

“Para o professor, trata-se de um truque.”
Não só pra eles, Fantástico. Pra qualquer um com mais de dois neurônios e/ou uma infância decente.

Ao deixar na dúvida a ciência e não questionar os esquemas de cura e as pirâmides mágicas o Fantástico praticamente assinou embaixo do esquema todo. O número de visitantes aumentará imensamente. Textos como este serão raros e considerados chatos, obra de gente que não aceita que exista “algo mais”, mesmo que não aceitar o algo mais signifique não acreditar em truques de salão.

O Fantástico, ou por má-fé ou ignorância ou os dois se deslumbrou com truques de aula de ciência de escola pública, e nem é da Escola Municipal Tancredo Neves, onde para desespero das pedagogas paulofreirianas em vez de aprender a odiar o capitalismo e denunciar a exploração do homem pelo homem, os alunos estão criando um microssatélite, com direito a apoio da NASA.

Não é magia, Fantástico, é Ciência, e é capaz de produzir demonstrações muito mais impressionantes do que os picaretas que vocês tanto gostam.

Tentando um fiapo de jornalismo o Fantástico perguntou aos místicos se podiam levar um cientista para examinar as pirâmides. A resposta:

“O Santuário respeita a ciência, mas que as informações em torno das pirâmides são mais complexas do que lhes é permitido revelar, por respeito à hierarquia dos Seres de Luz, ou seja, dos mestres do mundo intraterreno.”
A reportagem terminou com uma nota de esperança. Ao menos UM dos envolvidos nessa pataquada respeita a Ciência.

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