sexta-feira, 31 de maio de 2013

Religião e cultura não podem justificar discriminação contra pessoas LGBT, diz ONU








Diminuir o tamanho da letra

Foto: Flickr/See-ming Lee
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou esta semana durante um encontro internacional a discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), declarando que a cultura, religião e tradição nunca podem ser uma justificativa para negação dos seus direitos básicos.
“Os governos têm o dever legal de proteger a todos”, disse Ban em uma mensagem de vídeo para a Conferência Internacional sobre Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero em Oslo, na Noruega. Falando na última segunda-feira (15), o Secretário-Geral expressou sua indignação com a agressão, prisão e assassinato de pessoas LGBT.
“Alguns vão se opor à mudança para invocar a cultura, a tradição ou a religião para defender o status quo. Tais argumentos foram usados para tentar justificar a escravidão, o casamento infantil, o estupro no casamento e mutilação genital feminina”, afirmou, adicionando: ”Eu respeito a tradição, cultura e religião — mas elas nunca podem justificar a negação dos direitos básicos.”odem 
“Minha promessa para as lésbicas, gays, bissexuais e transexuais integrantes da família humana é esta: eu estou com vocês. Eu prometo que, como Secretário-Geral das Nações Unidas, vou denunciar ataques contra vocês e vou continuar pressionando os líderes para o progresso.” O Secretário-Geral ressaltou que muitos governos ainda se recusam a reconhecer a injustiça da discriminação e violência homofóbica.

Números no Brasil

De acordo com levantamento de julho de 2012 da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR),  de janeiro a dezembro de 2011 foram feitas 6.809 denúncias de violações de direitos humanos contra pessoas LGBT, envolvendo 1.713 vítimas e 2.275 suspeitos.
Os números oficiais foram sistematizados cm base em dados do Disque Direitos Humanos (Disque 100), na Central de Atendimento à Mulher (180), no Disque Saúde e na Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como por meio de e-mails e correspondências diretas encaminhadas ao Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT e à Coordenação-Geral de Promoção dos Direitos de LGBT. Os estados com maior número de violações foram São Paulo (1.110), Minas Gerais (563), Rio de Janeiro (518), Ceará (476) e Bahia (468).
67,5% das vítimas se identificaram como sendo do sexo masculino; 26,4% do sexo feminino; e 6,1% não informaram sexo. 47,1% tinham entre 15 e 29 anos. O relatório mostrou, também, um padrão de repetição de violência de, em média, 3,97 violações por pessoa agredida.
Outro aspecto levantado foi o número maior de suspeitos em relação ao número de vítimas, o que sugere que as violações são cometidas por mais de um agressor ao mesmo tempo.
Em seu primeiro relatório oficial sobre violência e discriminação contra a população LGBT, a ONU ressaltou a campanha pública“Brasil Sem Homofobia”, lançada em 2004 com o intuito de promover a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. No entanto, o estudo — lançado em dezembro de 2011 — também cita um espancamento de casal de lésbicas seguido por sexo oral forçado em uma delegacia brasileira.

ONU no Brasil apoia ações contra homofobia

Como parte das ações para combater o preconceito no Brasil e das atividades da Consulta Pública Pós-2015, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) organizou em março deste ano, na Casa da ONU, em Brasília, uma audiência com representantes de associações brasileiras de travestis e transexuais.
As prioridades apontadas pelas associações incluem a eliminação de todas as formas de preconceito e discriminação e o acesso à educação e estrutura para permanência de travestis e transexuais nas escolas e no trabalho.
Também em março, o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) lançou uma cartilha sobre orientação sexual e identidade de gênero no direito internacional dos direitos humanos. A edição em português foi realizada pelo Escritório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) no Brasil.
O livro, de 60 páginas e com o título “Nascidos Livres e Iguais”, foi concebido como uma ferramenta para ajudar os Estados a compreender melhor as suas obrigações e os passos que devem seguir para cumprir os direitos humanos da população LGBT, bem como para os ativistas da sociedade civil que querem que seus governos sejam responsabilizados por violações de direitos humanos internacionais.
No Brasil, um Projeto de Lei de Identidade de Gênero foi apresentado ao Congresso em fevereiro de 2013. “As pessoas devem poder definir sua própria identidade, dizer quem elas são”, afirmou a deputada federal Érika Kokay (DF), autora do projeto de lei juntamente com o deputado Jean Wyllys (RJ).

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tire o seu racismo do caminho,que eu quero passar com minha cor



Relato indignado de uma mãe: Não fique calmo: Sobre racismo na infância

Não fique calmo: Sobre racismo na infância

Por Maria Rita Casagrande - Blogueiras Negras

Eu moro no mesmo lugar a quase 5 anos, nesses 5 anos uma das minhas vizinhas insiste que eu sou diarista dos demais apartamentos. ao me encontrar nos elevadores me pergunta “Em qual vocês está hoje?Quanto você cobra o dia”. Sempre que este encontro ocorre a resposta é a mesma ” Eu moro aqui, sou do 14″. Ela balança a cabeça incrédula e segue o seu caminho. Hoje por fim ela me orientou a utilizar o elevador de serviço.
Ontem meu filho chegou em casa chateado porque as crianças na sua sala de aula dizem que ele tem a “gengiva preta” e que ele é marrom e horrível. Doeu nele, doeu em mim porque eu passei alguns anos da minha infância ouvindo a mesma coisa, ou sendo excluída de algumas brincadeiras porque “gente preta não brinca”, e eu ouvi isso de pessoas que hoje são minhas “amigas” aqui no facebook e que talvez nem se lembrem de terem feito isto. Bom o fato é: nós perdoamos, mas não esquecemos.
Ainda ecoa na minha mente a “brincadeira” onde meninos separavam meninas para formar uma fazenda (sim , crianças de 6 ou 7 anos). Uma brincadeira horrorosa por si só mas que ficava pior quando todos os dias eu entrava na fila da brincadeira e enquanto separavam iam apontando “cavalo branco, cavalo branco” e na minha vez “cavalo preto não brinca”. Isto aconteceu em 1986, já faz um bom tempo, mas em pleno 2013 algumas brincadeiras não são tão diferentes.
Ainda há aqueles que se mantém na ignorância de acreditar que no Brasil não existe racismo, que essas pessoas possam utilizar meia hora de suas vidas para reavaliar seus conceitos, olhar ao  redor e rever suas atitudes, suas piadas, seu comportamento.
 Se forem pais ou mães que o façam com mais carinho e ensinem seus filhos que somos todos iguais, brancos, negros, indígenas, japoneses, católicos, evangélicos, judeus, hetero, gays, portadores de necessidades especiais, gordos, magros. Nosso sangue é vermelho como o de qualquer outro, nossos sentimentos são os mesmos, e os direitos e deveres são iguais ( mesmo que isto não se cumpra). Que façam aquilo que é tarefa principal e eduquem seus filhos para que eu ou qualquer outra mãe negra não precise usar de argumentos confortadores com o filho explicando para ele que os melhores corredores são negros, os melhores jogadores de basquete são negros, os melhores jogadores de futebol, que o presidente da maior nação e de maior poder é negro, que as musicas mais incríveis são compostas e tocadas por negros, que podemos fazer aquilo que quisermos, sermos quem quisermos nos dedicando e que ser negro não é um defeito, é qualidade e que, no caso do meu filho, por não tratar ou jugar ninguém pela cor da pele, religião ou sexo já é melhor do que muitas pessoas.
Crianças são crueis, é verdade, mas apenas algumas, aquelas que não são instruídas corretamente. Não devemos nos limitar a ensinar as crianças apenas a ler e a escrever, a tocar um instrumento e a desenhar. Precisamos ensinar cidadania, tolerância, respeito. Para quem não conhece essas máximas da convivência humana, ainda está em tempo de abrir a mente e se educar.
Nem eu, nem meu filho, nem mais da metade deste país , “precisa” ser tolerante com a ignorância alheia, infelizmente as pessoas só aprendem com medidas extremas como cadeia. Evite que o próximo “criminoso” como a senhora do elevador , saia de dentro de sua casa. Respeite e ensine o respeito porque isto não é um grande ato, ISTO É O MÍNIMO!
Do Blog Maria Da Penha Neles
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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Marcha das Vadias promove atos em todo país no fim de semana


No dicionário, o adjetivo feminino vadia significa ”mulher que, sem viver da prostituição, leva vida devassa ou amoral”. Na vida, adolescentes e jovens se apropriaram do termo para criar um movimento global que exige o fim da violência doméstica e da culpa atribuída à mulher. A Marcha das Vadias acontece em 13 cidades neste sábado (25) e domingo (26), incluindo São Paulo e Porto Alegre, onde a União Brasileira de Mulheres (UBM) participa.  

Por Deborah Moreira, da redação do Vermelho


imagens: divulgação Marcha das Vadias

A palavra é usada de forma pejorativa e, geralmente, é atribuída às mulheres que optam em sair dos padrões comportamentais e assumem suas escolhas seja no uso de uma roupa, seja no uso da palavra. Para chamar a atenção sobre a desigualdade de gênero e a violência contra a mulher é que milhares sairão às ruas.

Nesta 3º edição da Marcha, o tema escolhido foi “Quebre o Silêncio” com o objetivo de enfatizar sobre a necessidade de ampliar as denúncias de violência doméstica, com a divulgação, inclusive, dos serviços de atendimento de referência.

Dados do Ligue 180, da secretaria nacional de Política para Mulheres, a cada dia, em média, 2.175 mulheres telefonam para o serviço. Em 89 % dos casos, o agressor é o companheiro ou ex-companheiro da mulher, 50% das vítimas dizem estar correndo risco de morte. O Brasil é o 7º país no ranking mundial de homicídios de mulheres, segundo o Conselho Nacional de Justiça. O Mapa da Violência 2012, citado pela ministra Eleonora Menicucci, revela que em 65% dos casos de violência sexual o estuprador era um parente ou conhecido da mulher.

“Após diversas reuniões, chegamos à conclusão de que é preciso quebrar o silêncios das mulheres que sofrem violência e não têm coragem de se expor. Sabemos que o número de denúncias divulgado ainda mostra a realidade. É preciso acabar com a culpa atribuída às mulheres pelo patriarcado”, explicou uma das integrantes do coletivo em São Paulo, Priscila Bernardes, 27 anos.

Na capital paulista, onde a marcha será no sábado, o grupo composto por cerca de 20 mulheres tem entre 18 e 34 anos. Apesar de não agradar alguns movimentos mais tradicionais de mulheres, pelo uso do adjetivo tido como vulgar, elas se definem como feministas e valorizam a luta e mobilização das primeira e segunda onda feminista, no final do século 19 e início do 20 e segunda metade da década de 1960, respectivamente.

“Estamos nos apropriando da palavra vadia para chamar a atenção sobre a liberdade de escolhas para mulheres e homens. E aí provocamos com a seguinte questão: a palavra vadia te choca mais do que a violência contra a mulher”, completou a integrante da Marcha, que concorda que a irreverência e o bom humor são traços característicos dos movimentos contemporâneos. “A irreverência é uma forma que encontramos para atrair mais militância e ampliar a mobilização. Pensamos que primeiro é preciso atrair e despertar o interesse pela causa para, enfim, abrir o debate”, completou.




Para as jovens, que faziam parte de outros movimentos, mas a grande maioria vive sua primeira experiência como militante, é preciso mudar a estratégia para a aproximação das novas gerações, com discurso atual, porém, se apropriando do bom e velho ideal feminista de mulheres como Bertha Lutz e Simone de Beauvoir.

“Não acreditamos no pós-feminismo, mas sim no feminismo. Em uma terceira e até numa quarta onda feminista, com maior força e representatividade, mais plural, com a participação de mulheres negras e transexuais”, esclareceu.

Homens e internet: para quebrar o silêncio da mídia
Em São Paulo, a Marcha se reúne quinzenalmente para deliberar sobre os temas da agenda feminista, promover debates e outras atividades culturais e políticas, os quais homens são muito bem vindos. No entanto, na formação do coletivo, o grupo chegou concluiu que a presença masculina poderia prejudicar as discussões e até inibir os posicionamentos.

“É uma participação crescente nos debates e atividades que promovemos. Os homens têm agregado bastante à luta, abrindo diálogos construtivos, afinal, se por um lado são agentes da sociedade patriarcal, também são vítimas. Mas, para o coletivo em São Paulo, decidimos fechar a participação masculina para valorizar a luta das mulheres. Mas isso é uma decisão de cada coletivo. Não há uma hierarquia a ser seguida. Mas, certamente, é um tema que voltaremos a abordar por ainda suscitar discussão”, explicou Priscila.

Outra ferramenta importante para as mobilizações é a internet, onde o movimento mantém uma página no Facebook, no Flickr e um blog. De acordo com o coletivo, todos os esforços são feitos para que as informações cheguem ao público, sem a frequente manipulação da grande mídia hegemônica, que, invariavelmente, rotula o movimento de mulheres.

Curiosamente, o adjetivo masculino vadio tem outro signifcado da palavra irmã feminina: "que não tem ocupação, trabalho, ou que nada faz". Influência da opinião pública?

A Marcha
Em São Paulo a marcha terá concentração na Praça do Ciclista, no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, a partir das 12 horas, quando ocorrerão oficinas de cartazes e stencil. A marcha deve sair por volta das 14h e percorrerá a Avenida Paulista, Rua Augusta, até a Praça Roosevelt, onde se encerrará.

Outras doze cidades recebem a Marcha das Vadias neste fim de semana, das quais sete também são capitais: Porto Alegre, Florianópolis, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, São Luís e Aracaju. As outras cidades são Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, e São Carlos, Bauru, Sorocaba e São José dos Campos, no interior de São Paulo.

UBM
A União Brasileira de Mulheres (UBM) participará da marcha em diversas cidades, como em Porto Alegre, no domingo (26), e Curitiba, programada para ocorrer em 13 de julho, onde já estão sendo produzidos banners e panfletos. 

"É uma luta importante, em especial de combate à violência contra as mulheres e a UBM, uma entidade que foi fundada com o slogan 'Por um mundo de igualdade, Contra toda a opressão', tem nas lutas da Marcha das Vadias mais um espaço de denúncia contra o modelo cultural baseado no patriarcado e consequentemente no machismo", defendeu Elza Campos, coordenadora nacional da UBM.

Origem
Em Janeiro de 2011, jovens da Universidade de Toronto, no Canadá, que estavam amedrontadas por uma onda de violência sexual que tomava o campus, são questionadas por um policial. Em seu discurso, o homem apelou para que as mulheres evitassem “se vestir como vadias” para não serem vítimas de estupro. No dia 3 de abril daquele ano, três mil pessoas tomaram as ruas de Toronto, num protesto batizado como SlutWalk. O movimento se alastrou mundo afora.

No Brasil a primeira marcha aconteceu em 2011, com cerca de 600 pessoas. Em 2012, o coletivo não esperava reunir tanta gente: 2 mil. Neste ano, as organizadoras apostam que o número deve aumentar. No Facebook, mais de 6 mil internautas confirmaram presença.


Do Blog Maria Da Penha Neles

terça-feira, 28 de maio de 2013

Vencedores do Nobel, escritores e artistas pedem libertação de cubanos presos nos EUA


Agentes detidos na Flórida há quinze anos entraram em território norte-americano com a missão de espionar grupos que praticavam terrorismo contra Cuba



28/05/2013 | 03:00 | CÉLIO MARTINS, ENVIADO ESPECIAL

Em 2010, pelo menos dez vencedores do Prêmio Nobel endossaram uma carta ao presidente dos EUA, Barack Obama, clamando pela libertação de cinco cubanos presos há 15 anos na Flórida acusados de espionagem. O pedido é assinado por nomes como Darío Fo (Itália), Günter Grass (Alemanha), Robert Engle (EUA), Desmond Tutu (África do Sul) e Adolfo Pérez Esquivel (Argentina).

O movimento pela libertação dos “Cinco Heróis”, como são chamados em Cuba, reúne ainda líderes políticos, como os sul-africanos Nelson Mandela e Jacob Zuma, o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter e o uruguaio Jose Mujica. Engrossam a lista escritores, intelectuais e artistas, como a atriz Julie Chirstie, o ator Danny Glover, o escritor Gabriel García Marquez, o poeta Mario Benedetti e o jornalista Ignacio Ramonet.

Mulher de cubano preso diz que teme pela morte do marido

A cubana Rosa Aurora Freijanes passou os últimos 15 anos de sua vida empenhada em trazer de volta para casa seu marido, Fernando Gonzales, um dos cinco cubanos condenados por espionagem nos EUA. Quando foi preso, Gonzales tinha 35 anos e vivia com Rosa havia 8 anos. “Ele está correndo risco na Flórida. Os grupos que planejam ações terroristas contra Cuba podem matá-lo”, diz Rosa ao reclamar que seu “companheiro” cumpriu um tempo de pena excessivo. “Ele não praticou nenhum crime, a não ser entrar ilegalmente nos EUA”, diz.

Rosa reclama que os EUA não respeitam os direitos humanos, dificultando a visita de parentes dos agentes presos. (CM)

Os cinco cubanos foram encarcerados em Miami no dia 12 de setembro de 1998 após terem entrado no país com a missão de espionar grupos de cubano-americanos que, segundo o governo de Cuba, planejavam atentados terroristas contra a ilha.

Até 2001, o regime cubano diz que atentados terroristas planejados por grupos contrarrevolucionários baseados nos Estados Unidos, como o Coordination of United Revolutionary Organizations (Coru), Alpha 66 e Omega 7, deixaram um saldo de 3.478 mortes no país. Nesse número Cuba contabiliza a explosão em 1976, em pleno voo, do avião civil da empresa Cubana de Aviação que causou a morte de 73 pessoas. Entre as vítimas estavam todos os integrantes da equipe nacional juvenil de esgrima de Cuba.

Cuba acusa Luis Clemente Faustino Posada Carriles, um cubano tido como ex-agente da CIA [a agência de inteligência norte-americana], de ser o mentor do atentado ao voo. Na mídia da ilha Carriles – que tem também nacionalidade venezuelana – é classificado de "Bin Laden da América Latina".

Carriles tem também nacionalidade venezuelana e vive nos EUA. A Justiça da Venezuela pediu a sua extradição, mas o governo norte-americano alega que, se fosse deportado para a Venezuela, Carriles seria torturado.

Libertação

No último dia 3, René González, um dos “cinco heróis cubanos” foi autorizado pela Justiça norte-americana a voltar para casa. Ele estava em liberdade condicional após ter cumprido 13 anos de prisão. A decisão foi emitida pela juíza Joan Lenard, de Miami.

Para obter a liberdade, Gonzáles “ofereceu sua renúncia à cidadania americana diante do escritório consular americano (em Havana)”, conforme afirmam documentos judiciais.

René é casado e tem duas filhas em Cuba. Ele foi detido em 1998, junto a Gerardo Hernández, Ramón Labaniño, Fernando González e Antonio Guerrero, quando o FBI chegou ao grupo, que atuava no sul da Flórida com objetivo de obter informações sobre atentados planejados por opositores ao regime de Fidel Castro.

Gerardo Hernández, considerado o líder do grupo, está condenado à prisão perpétua. “Os cinco heróis” admitiram que eram agentes de Cuba, mas que não espionavam Washington e sim grupos terroristas que conspiravam contra o regime comunista.

Os grupos os quais os agentes cubanos espionavam ficaram conhecidos por planejar sabotagens contra as plantações agrícolas cubanas e interferir nas comunicações do aeroporto de Havana. Nos anos 1990, passaram a centrar ações contra a indústria do turismo. As práticas incluíam de rajadas de metralhadoras contra turistas em praias cubanas a atentados a bomba em hotéis, segundo governo da ilha.

O assunto é tema do livro "Os Últimos Soldados da Guerra Fria", do escritor brasileiro Fernando Morais, publicado em 2011 e vencedor do Prêmio Brasília de Literatura na categoria reportagem.

http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/passagem-para-cuba/conteudo.phtml?tl=1&id=1376667&tit=Vencedores-do-Nobel-escritores-e-artistas-pedem-libertacao-de-cubanos-presos-nos-EUA

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Pai capta universo particular do filho autista em projeto fotográfico sensíveL

De arrepiar de tão lindo: Pai capta universo particular do filho autista em projeto fotográfico sensível

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Começou assim mesmo, por frustração. O fotógrafo Timothy Archibald não via fim ao desespero por seu filho, Eli, ser autista, até que encontrou uma forma de sentir “que estava fazendo alguma coisa” por ele – uma série fotográfica íntima e genuína, captando a sua essência.

Intitulada de Echolilia: Sometimes I Wonder, a série foi a forma encontrada por Archibald pra retratar Eli exatamente como ele é, ao contrário do que fazem muitos pais, clicando os filhos sempre sorridentes ou em situações graciosas. Segundo o fotógrafo, nenhuma das imagens foi planejada e todas foram captadas no momento, visto que Eli rapidamente se cansa do que está fazendo, procurando outra ocupação em minutos.

Hoje o pai não se preocupa tanto com o diagnóstico ou com o peso da palavra autismo. Ele está somente focado no que realmente importa: a relação entre os dois.

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todas as imagens por Timothy Archibald

Do Blog Maria Da Penha Neles

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Estudo mostra que maioria da população de rua não bebe nem usa drogas



Pesquisa derrubou mitos e trouxe à tona outra realidade sobre o perfil dessa população; somente 13% dos moradores de rua são analfabetos, 65% não bebem e 62% não usam drogas
17/05/2013

Igor Carvalho

O Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro realizou um estudo para traçar um perfil das pessoas em situação de rua, na região metropolitana da capital. A pesquisa derrubou mitos e trouxe à tona outra realidade sobre o perfil dessa população. Somente 13% dos moradores de rua são analfabetos, 65% não bebem e 62% não usam drogas.
“A intenção do projeto era realizar um mapeamento dessa população. É muito difícil realizar esse censo, nem o Censo do IBGE os afirma, pois parte da premissa do endereço,ou seja, são pessoas invisíveis”, afirmou a coordenadora do estudo, Juliana Moreira.
Para o vereador Renato Cinco (PSOL), a desmistificação dos hábitos da população de rua é “extremamente importante”. “Esse estudo fortalece uma crítica que fazemos ao governo e para a imprensa, que sempre transformou a população de rua como ‘cracudos’. Espero que possamos tratar dessa população sem os estigmas e os mitos que recaem sobre eles.”
“Há relatos durante as entrevistas de violação de Direitos Humanos por parte dos agentes da prefeitura. Os relatos apontam que esses agentes rasgam os documentos”, disse Cinco sobre o projeto “População de Rua”, da prefeitura do Rio, que começou em dezembro. “Tenho escutado muitas denúncias de violência contra moradores de rua nessas abordagens do projeto. É um processo de higienização no Rio de Janeiro.”
O Ministério Público do Rio entrou com uma ação civil pública, onde pede a perda de função pública e suspensão por cinco anos dos direitos políticos do prefeito Eduardo Paes e do secretário de governo, Rodrigo Bethlem, por conta da ação adotada contra moradores de rua. Segundo a promotoria, os agentes utilizam armas de fogo para levarem compulsoriamente as pessoas a um abrigo.
A ausência dos documentos evita que pessoas em situação de rua não tenham acesso a políticas sociais. A Defensoria escutou 1.247 pessoas em situação de rua, destes, 1.049 não possui acesso a benefícios assistenciais.
Com os resultados, a Defensoria irá estabelecer parcerias com o Tribunal de Justiça e o Ministério do Trabalho, para emitir novos documentos e emitir a Carteira de Trabalho da população de rua.
Foto: Marcello Casal Jr

terça-feira, 21 de maio de 2013

''Golpe comunista 2014"


Carta Capital: “Golpe comunista 2014 no Brasil” tem 25 mil confirmados




EVENTO NO FACEBOOK

Página do evento viralizou na rede social e abriga dezenas de enquetes bem-humoradas. Veja aqui as melhores
 Do site do Carta Capital
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reprodução
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Evento “Golpe comunista 2014 no Brasil” tem mais de 25 mil confirmados Criada para satirizar o temor de determinados setores conservadores da sociedade, segundo os quais o Brasil estaria à beira de uma ditadura comunista, o evento “Golpe Comunista 2014 no Brasil” passou hoje de 25 mil pessoas com “presença confirmada” no facebook. O evento foi criado pela página Golpe Comunista 2014. Desde sua criação, a página do evento vem abrigando dezenas de enquetes bem-humoradas de seus participantes confirmados, tais como:
Capa de iPhone com o Che Guevara, comprar ou não comprar? A) Claro! Dá pra xingar muito no Twitter com estilo!; B) Lógico! Hay que revolucionar pero sin perder la fofura; C) Não, prefiro uma com a foto do Kim Jong Un
Que traje usar no golpe? A) Todo mundo nu!! B) Uniforme da FFLCH C) Se for homem, ir de saia
Depois dos médicos, o que mais iremos importar de Cuba? A) Mecânicos de carro vintage B) O cirurgião plástico do Zé Dirceu C) Blogueiros
Qual será o nome da moeda após a libertação? A) Dilmas B) Moeda é coisa de burguês! Viva o escambo! C) Companheiros
O que faremos se 100 mil pessoas confirmarem presença? A) Faremos um LENINGRADO shake. Harlem é um bairro estadunidense e imperialista. B) Faremos um Harlem Shake. C) Vamos dar as mãos. 1, 2, 3! Quem errar o passo, perde a vez
O que faremos com o Facebook? A) Mudar a opção "curtir" para "apoiado camarada" B) Mudar o nome para "Rede Social... ista" C) Mudar o fundo para vermelho
Confira aqui a página do evento e todas as enquetes e confirme suas presença... ou não.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Avós da Praça de Maio sobre Videla: "ser desprezível deixou este mundo"




Ópera Mundi

Estella Carlotto lembra que ex-ditador, morto aos 87 anos, nunca se arrependeu dos crimes que cometeu

Wikimedia Commons
A líder da organização Avós da Praça de Maio, Estella Carlotto (à direita na foto), afirmou nesta sexta-feira (17/05), ao comentar a morte do ex-ditador Rafael Videla, aos 87 anos, estar “mais tranquila já que um ser desprezível deixou este mundo”.
Em declarações à rádio Continental, ela lembrou que o ex-comandante da ditadura nunca se arrependeu dos crimes que cometeu durante o período do regime militar argentino (1976-1983).

"A história seguramente vai classificar como genocídio o que o povo argentino sofreu, a infâmia de uma ditadura civil-militar como a que ele comandou, e da qual ele nunca se arrependeu, inclusive dando declarações tardias para reivindicar seus delitos”, disse a ativista.

Ela questionou por que Videla "não se arrepende, não pede perdão, não repara o dano", e principalmente por que "insiste em eliminar os que pensam diferente e invoca a proteção de Deus".

Estella disse também o classificou de “um homem mau, personagem que foi julgado e condenado”, mas que “a Igreja, que acompanhou um pouco sua gestão, estará realizando seus crimes em outro lugar”.
Segundo a imprensa argentina, Videla, morreu de causas naturais por volta das 6h30 em sua cela na prisão Marcos Páz, em Buenos Aires, foi o cérebro da ditadura que governou o país, um período em que desapareceram cerca de 30 mil pessoas, segundo organizações de direitos humanos. A imprensa argentina afirma que ele morreu de causas naturais, às 8h25.

Ele foi o primeiro presidente da ditadura militar da Argentina; foi condenado em dezembro de 2010 à prisão perpétua, pelo Tribunal Oral Federal de Córdoba, sob a acusação de crimes contra a humanidade.
Do Blog Maria Da Penha Neles

domingo, 19 de maio de 2013

Mujica rejeita título de “presidente mais pobre do mundo"

Para chefe de Estado uruguaio, "pobre é quem precisa muito para viver"
O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou em entrevista concedida nesta sexta-feira (17/05) à rede estatal chinesa Xinhua que não concorda com o título que lhe foi atribuído pela imprensa internacional de “presidente mais pobre do mundo”, em razão de seu estilo de vida simples. Segundo ele, esse título é incorreto porque “pobres são aqueles que precisam de muito para viver”. Segundo ele, sua vida austera tem como objetivo “manter-se livre”.

“Eu não sou pobre. Pobre são aqueles que precisam de muito para viver, esses são os verdadeiros pobres, eu tenho o suficiente”, afirmou.

"Sou austero, sóbrio, carrego poucas coisas comigo, porque para viver não preciso muito mais do que tenho. Luto pela liberdade e liberdade é ter tempo para fazer o que se gosta”, disse o presidente. Ele considera que o indivíduo não é livre quando trabalha, porque está submetido à lei da necessidade. "Deve-se trabalhar muito, mas não me venham com essa história de que a vida é só isso".

Agência Efe (16/05)

Presidente uruguaio recebe jornalistas em sua propriedade rural nos arredores de Montevidéu

Assim como já fez com outros correspondentes internacionais, Mujica recebeu a equipe de reportagem chinesa em sua modesta propriedade rural em Rincón del Cierro, nos arredores de Montevidéu, ao lado dos cães e galinhas que cria e alimenta todos os dias.

Aos 77 anos, Mujica doa 90 % de seu salário de 260.000 pesos uruguaios (quase 28 mil reais) a instituições de caridade. Não possui cartão de crédito nem conta bancária. Sua lista de bens em 2012 inclui um terreno de sua propriedade e dois com os quais conta com 50% de participação, todos na mesma área rural – diz ter alma de camponês, e se orgulha de sua plantação de acelgas, e já pensa em voltar a cultivar flores.

Possui dois velhos automóveis dos anos 1980 (entre eles um Fusca com o qual vai ao trabalho) e três tratores.

Segundo o presidente uruguaio, essa opção de vida foi gestada durante os anos em que viveu preso sob duras condições (1972-1985) em razão de sua atividade como guerrilheiro como membro do MLN-T (Movimento de Libertação Nacional - Tupamaru), movimento que lutou contra a ditadura militar.

"Por que cheguei a esse ponto? Porque vivi muitos anos em que, quando recebia um colchão à noite para dormir já me dava por contente. Foi quando passei a valorizar as coisas de maneira diferente”, disse ele sobre seus tempos de cárcere, quando disse ter passado a conversar com rãs e formigas para “não enlouquecer”.

Ele afirmou duvidar que a próxima eleição presidencial, marcada para 2014, vá atrapalhar sua gestão, e se diz animado com um projeto pessoal para quando deixar o Executivo, em março de 2015: "Quando terminar esse trampo (changa em espanhol, referindo-se à Presidência) que tenho agora, vou me dedicar a fazer uma escola de trabalhos rurais nesta região”.

"O governo funcionará até o último dia, mas já adianto que após as eleições os governos uruguaios costumam tomar medidas de impacto”, quando espera avançar medidas de infraestrutura sobre portos em águas profundas e a renovação da rede ferroviária, além da lei de regulação da mídia.

Quando perguntado se após deixar o governo ele tentará acumular fortuna, ele disse: “Depois terei de gastar tempo para cuidar do dinheiro e muito mais tempo da minha vida para ver se estou perdendo ou ganhando. Não, isso não é vida”, enfatizou.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Che Guevara e sua mãe:Pedra



O tema da história, o anúncio da possível morte de Célia, sua mãe colocou a escrita em qualquer momento após 22 de maio de 1965.Osmani Cienfuegos liderada Che naquele dia "o mais triste notícia da guerra: por telefone, de Buenos Aires informou que minha mãe estava muito doente, com um tom que presumiu-se que este foi apenas um anúncio preparatório. (...) Eu tive que passar um mês em que a triste incerteza, à espera de algo que adivinhar os resultados, mas com a esperança de que há um erro na notícia, até que foi confirmada a morte de minha mãe. "
No meio da "triste incerteza" Che esta história constrói forte tom introspectivo, que coexistem reflexões filosóficas, ironia, dor e sensibilidade. História é provavelmente o mais cru, intenso e comovente já escritos.

STONE
Ele me contou como eles deveriam dizer essas coisas para um homem forte, um responsável, e eu agradeci. Nenhuma preocupação ou dor Eu menti e tentou não mostrar nem um nem o outro. Era tão simples!
Também tive que esperar a confirmação de ser oficialmente triste. Gostaria de saber se você poderia chorar um pouco. Não, não deve ser, porque o chefe é impessoal, não é para ser negado o direito de se sentir simplesmente não deve mostrar sentimentos sobre ele sobre seus soldados, talvez.
"Foi um amigo da família, telefonou para ele dizendo que ele era muito sério, mas eu deixei naquele dia.
-Grave, que a morte?
-Sim.
-Certifique-se de me dizer alguma coisa.
Como eu sei, mas há esperança. Creo.
Ele se foi o mensageiro da morte e não tinha confirmação. Esperar era tudo o que poderia ser. Com a notícia oficial foi intitulado decidir se deve ou não mostrar a minha tristeza. Eu estava inclinado a pensar que não.
O sol da manhã bater forte depois da chuva. Não havia nada de estranho nisso, a cada dia choveu e, em seguida, o sol saiu e pressionou e expulso de umidade. Na parte da tarde, o fluxo seria novamente cristalina, mas naquele dia não é muita água havia caído nas montanhas era quase normal.
-Eles disseram que o 20 de maio parar de chover até outubro e nem uma gota de água caindo.
-Eles disseram ... mas eu dizer tantas coisas que não são verdadeiras.
- A natureza é guiado pelo calendário? Eu não me importava se a natureza é guiada ou não pelo calendário. No geral, eu poderia dizer que eu não me importava com nada, nem que a ociosidade forçada, nem essa guerra idiota sem gols. Bem, não é à toa, só que era tão vago, tão diluída, que parecia inatingível, como um inferno surreal onde a punição era tédio eterno. E além disso, eu me importava. Claro que eu me importo.
Temos de encontrar uma maneira de quebrar este, pensei. E era fácil pensar, pode-se fazer mil planos, cada um mais tentador, em seguida, selecionar o melhor, derreta dois ou três em um, simplesmente, deitar o papel e entregá-lo.Eles tinham tudo e teve que começar tudo de novo. A burocracia mais inteligente do que o normal, em vez de arquivamento, ele desapareceu. Meus homens disseram que fumou tudo pedaço de papel pode ser fumado, se há alguma coisa dentro. Era uma vantagem que eu não gosto pode mudar no próximo plano.Ninguém notaria. Parecia que iria continuar até o infinito.
Tive ânsias e tubos preso. Ele era, como sempre, no meu bolso. Eu não perdi meus cachimbos, como os soldados. Foi muito importante para mim tê-lo. Smoke On The estradas pode ser atribuída a qualquer distância, dizem que você pode acreditar-se e sonhar com a vitória dos planos, sem parecer um sonho uma realidade apenas pela distância e brumas vaporosas que estão sempre nos caminhos da fumaça. Muito bom companheiro é o tubo, como perder uma coisa tão necessária? O bruto.
Havia tão grosseira; teve atividade atividade e fadiga. Você não acha que, em seguida, e que uso é um tubo sem pensar? Mas você pode sonhar. Sim, você pode sonhar, mas o tubo é importante quando você sonhar longe, em direção a um futuro cuja única forma de fumaça ou um passado tão distante que não há necessidade de usar o mesmo caminho. Mas os anseios sentir perto com outra parte do corpo, vi jovens pés vigorosos, não precisa da ajuda de fumaça. Eles perderam porque eles não eram necessários, não perder as coisas essenciais.
Seria algo como isso? O lenço de chiffon. Isso foi diferente, ela deu-me, caso eu ferido em um braço, uma tipóia adoraria. A dificuldade estava em uso, se eu quebrei sua carapaça. Na verdade, não havia uma solução fácil, eu coloquei na cabeça para colocar a mandíbula e eu gostaria de ir com ele para a sepultura.Leal até mesmo em morte. Se deixados em uma colina ou eu não teria escolhido outro lenço de gaze, eu decompor a grama ou exposição e talvez eu teria na vida com um olhar moribundo e desesperado fixo no momento supremo do medo.Porque eles estão com medo, por que negar.
Para a fumaça, eu andei meus caminhos antigos e veio para os cantos íntimos de meus medos, sempre ligado à morte como que nada perturbador e inexplicável, mesmo que os marxistas-leninistas muito bem explicar a morte como nada. E o que é que uma coisa? Nada. Impossível simples e convincente explicação. O nada não é nada, feche o seu cérebro, colocar um cobertor preto, se quiser, com um céu de estrelas distantes, e que é o nada-nada equivalente: infinito.
Uma sobrevive na espécie, na história, a forma mistificada de vida das espécies nesses atos, nessas memórias. Alguma vez você já sentiu um arrepio na espinha de leitura Maceo acusações facão: isso é a vida, afinal. As crianças, também. Eu não quero que meus filhos me sobreviver: nem me conhece, eu sou um corpo estranho que às vezes perturba a sua paz, que está entre eles ea mãe.
Che com sua mãe
Achei meu filho grande e ela grisalho, dizendo em tom de censura: seu pai não tinha feito tal coisa, ou talvez outro. Senti dentro de mim, filho do meu pai eu uma tremenda rebelião. Filho, eu não saberia se era verdade ou não, eu pai não tivesse feito isso ou aquilo ruim, mas eu me sentiria humilhado, traído pelo pai Eu me lembro de cada momento que eu refregaran seu rosto. Meu filho tinha que ser um homem, nada mais, melhor ou pior, mas um homem. Agradeci meu pai para o seu doce amor vagabundo sem exemplos. E a minha mãe? A pobre velhinha. Oficialmente não tem direito, no entanto, deve esperar a confirmação.
Apenas caminhou pelas minhas rotas quando eu interrompi fumaça, alegre-se útil, um soldado.
- Você não perde nada?
"Nada", eu disse, associando-a com outra do meu sonho.
-Pense bem.
Eu toquei meus bolsos, tudo em ordem.
-Nada.
- E esta pedra? Eu vi no chaveiro.
-Ah, foda-se.
Em seguida, ele me bateu duro censura selvagem. Não faz mal necessário, vitalmente necessário. E você viver se não for necessário? Vegetativamente em si um ser moral, acho que não, pelo menos.
Até que eu senti o mergulho na memória e eu estava me sentindo os bolsos meticulosidade rigorosos, enquanto que o ribeiro, marrom terra alpinista, estava escondendo o seu segredo. O tubo, o primeiro tubo, que havia. Os papéis ou o cachecol teria flutuado. O vaporizador, este, as penas aqui, os notebooks em forro de nylon, sim, a caixa de fósforos, isso, também, tudo em ordem. Dip foi dissolvido.
Apenas duas pequenas lembranças trazidas para a luta, o lenço de chiffon, minha esposa e chaveiro com pedra, minha mãe, muito barato isso, comum, a pedra fora e colocá-lo no bolso.
Foi misericordioso ou vingativo, ou apenas impessoal como um chefe, o stream?Não chore, porque você deve ou porque você não pode? Será que não há direito de esquecer, mesmo em guerra? É necessário disfarçar gelo masculino?
Qualquer que seja. Eu realmente não sei. Eu só sei que eu tenho uma necessidade física para aparecer minha mãe e eu recostar minha cabeça em seu colo e ela afirma lean "meu velho", com uma ternura e sentir o cabelo seco e cheio na mão inábil, acariciando saltos, corda como uma boneca, como se a ternura-lo através dos olhos e da voz, porque os motoristas partidos não alcançam as extremidades. E as mãos estão tremendo, e tocar mais carícias, mas desliza ternura no exterior e cerca e isso é tão bom, tão pequena e tão forte.Não precisa se desculpar, ela entende tudo, sabe-se quando ouve que "meu velho" ...
- Você está mais forte? Também entra em vigor, ontem eu quase caiu quando eu estava indo para levantar. Você não pode deixá-lo secar ao que parece.
-É uma merda, eu estou esperando o fim de ver se eles trazem mordida como pessoas. Um deles tem o direito de fumar um cachimbo mesmo, tranquilo e gostoso né? ...
(Extraído de:A Fogueira)
Do Blog Maria Da Penha Neles