Depois de todo o furdunço causado pela divulgação de que os Estados Unidos utiliza espiões para tirar vantagens em seus relacionamentos com o governo brasileiro, alemão e outros tantos governos espalhados pelo globo, grandes veículos de comunicação agora começam a noticiar de que o governo brasileiro também utiliza dos mesmos artifícios.
É claro que trata-se apenas de uma artimanha máfio-midiática na tentativa de amenizar a situação delicada em que se encontra o grande irmão do norte, perante a comunidade internacional.
Nenhuma surpresa, os grandes veículos de comunicação brasileiros desde sempre estiveram alinhados aos interesses norte americanos, nunca esconderam suas preferências pelo modelo americano. Tão pouco, conseguem deixar de transparecer que entre seus maiores anseios, encontra-se o desejo de ver o Brasil transformado no 51º estado ou, no mínimo, novamente em colônia, desta vez dominada e governada pelo tio Sam.
O que causa espanto e náusea é ver um senador Brasileiro e paranaense, esquecer de suas obrigações na defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros e fazer coro neste discurso em defesa da espionagem dos outros dentro do território nacional.
É preciso ser muito ingênuo para cair nessa conversa.
Ora, uma coisa é o governo norte americano, por meio de sua Agencia Nacional de Segurança (NSA) utilizar seu pessoal e recursos para monitorar lideranças mundiais dentro de seus territórios, inclusive dentro do Brasil.
Outra coisa muito diferente, é o Brasil, por meio da ABIN, monitorar estrangeiros dentro do território nacional. É uma questão estratégica, em defesa da soberania e dos interesses nacionais.
Só para ilustrar, cabe lembrar que um dos indivíduos espionado pelo governo brasileiro era ninguém menos que Liliana Ayalde, embaixadora norte americana no Brasil, que ocupava o mesmo cargo no visinho Paraguai durante o golpe que depôs o presidente eleito, Fernando Lugo, em benefício do grupo conservador de direita daquele país, liderado por Frederico Franco.
Não seria assunto de interesse e defesa nacional monitorar um embaixador com esse histórico?
Para Álvaro Dias parece que não.
Tem-se a impressão de que o senador está muito mais interessado em justificar e defender a espionagem internacional em território brasileiro do que em combatê-la.
Um senador brasileiro a serviço dos interesses do governo Obama, completamente alheio as necessidades do país que representa como senador da república.
Um traidor que, no mínimo, mereceria um puxão de orelha de seus pares no senado.
Acompanhe a entrevista de Álvaro Dias e tire suas próprias conclusões.
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