sexta-feira, 29 de março de 2013

Em artigo, Freire fala da trajetória do PCB PPS







Foto: Tuca Pinheiro
Freire: PPS completa 21 anos com visão diferenciada da esquerda tradicional
Freire: Nascemos com a perspectiva de construir uma nova formação política

Por: Valéria de Oliveira 

O Partido Popular Socialista completa neste sábado (26/01) 21 anos de fundação. Em mais de duas décadas, a legenda se consolidou no cenário político brasileiro, sendo hoje referência na oposição ao governo federal e entre as agremiações de esquerda. Para o presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freire (SP), “o PPS é produto de uma visão diferenciada que a esquerda tem no Brasil sobre como fazer política”. Confira abaixo o manifesta de fundação do PPS

Herdeiro do Partido Comunista Brasileiro, o PPS nasceu em 26 de janeiro de 1992 no Teatro Záccaro, em São Paulo, em um congresso que reuniu não apenas dirigentes e militantes do PCB, mas também pessoas de outras agremiações partidárias.

Saiba mais sobre a história do partido

Nova formação

“Nascemos com a perspectiva de construir uma nova formação política dentro da nova realidade do mundo”, afirma Freire, referindo-se ao fim da experiência do socialismo real. Ele lembra que a visão dominante dentro do PCB, antes mesmo da mudança, já era a do pensador e militante comunista italiano Antonio Gramsci, de que a questão democrática é essencial – não apenas um meio, mas um fim.

O partido, conta o presidente, deixou de ter as preocupações de ser hegemônico ou exclusivista, como ocorria a outras legendas da esquerda. “Um projeto para mudar o Brasil, para fazer reformas estruturais necessárias, e que até hoje não se materializaram, precisa da incorporação de forças políticas amplas e da sociedade”, salienta.

Antenado


O PPS, segundo Freire, nasceu antenado com a realidade. “A partir da realidade, tal como ela é e não como gostaríamos que ela fosse, é que podemos avançar e propor novos rumos para o país”. O partido, destaca ele, passou a estudar e acompanhar a realidade, de forma a propor modificá-la, “sempre para melhor”.

Leia mais: Partido tem projeto para lançar candidato à presidência, diz Rubens Bueno

O maior obstáculo que a legenda tem enfrentado para fazer isso, diz o presidente do PPS, é o ambiente em que se faz política no Brasil. “Está sempre contaminado por interesses individuais ou grupais, nunca pelos interesses maiores da sociedade”.

Freire lembra que, para se tornar PPS, o PCB deixou suas tradicionais marcas, símbolo e nome “que não condiziam mais com a nova realidade”. Houve reação, lembra, de cerca de 20% dos pecebistas.

Democrático

O nome foi fruto de acordo. Freire defendia, com outros companheiros, o Partido da Esquerda Democrática. O adotado, Partido Popular Socialista, foi proposta de pessoas que vieram de outros partidos.

“O PPS nasceu, assim, como um partido plural, aberto à participação daqueles que acreditam que é possível a todos os seres humanos viverem iguais e livres”, salienta Freire. Ele ressalta ainda o fato de a legenda se inspirar na herança humanista, libertária e solidária dos movimentos sociais e das lutas dos trabalhadores no Brasil e em todo o mundo.

“É um partido que não usa o povo, mas deseja tornar-se um instrumento para que cada cidadão seja sujeito de sua própria história. Um partido sem fórmulas prontas e acabadas, e que se propõe discutir e formular um projeto para a nação brasileira, com a colaboração de todas as forças do campo democrático”, afirma. Segundo Freire, este “continua sendo o desafio lançado a todos os militantes e o convite a todos os que queiram ao partido se integrar”.



Manifesto de fundação do PPS 

"Aos seres humanos que, por nascimento ou opção, habitam terras brasileiras,o PPS dedica seus 70 anos de lutas, e todas as lutas futuras"

Há uma crise, no mundo e no Brasil, e todos podemos senti-la. Uma crise que solapa a esperança, que chega ao fundo dos corações, gerando frustrações, descrença e cinismo. Frente aos desafios destes novos tempos, seu compromisso de luta por uma sociedade mais justa e mais humana, o X Congresso do PCB oferece à sociedade brasileira um novo instrumento de luta, o Partido Popular Socialista - PPS.

Um Partido que, desde sua formação, é plural, aberto à participação de todos os que acreditam que é possível, a todos os seres humanos, viverem iguais e livres. Um Partido que, num mundo de mudanças, assume o compromisso central com a vida, entendendo-a como indissociável da natureza e da cultura. Um Partido, que quer contribuir para a construção de uma nova ética, em que o ser humano, sem nenhuma discriminação, seja protagonista e beneficiário das transformações sociais.

Um Partido novo, democrático, socialista, que se inspire na herança humanista, libertária e solidária dos movimentos sociais e das lutas dos trabalhadores em nosso país e em todo o mundo, prolongando hoje a luta que travamos desde 1922. Um Partido que não use o povo, mas seja um instrumento para que cada cidadão seja sujeito de sua própria história. Um Partido socialista, humanista e libertário, que tenha como prática a radicalidade democrática, que permita a cada ser humano exercer sua plena cidadania, na área em que reside e no planeta em que habita.

Um Partido que tem como metodologia de ação política, a não violência ativa, e que repudia toda e qualquer forma de violência (econômica, racial, religiosa, física, psicológica etc). Um Partido que faz da eliminação da miséria a questão primeira de sua política. Porque enquanto houver um ser humano sem comida, sem moradia, sem educação ou sem as mínimas condições de acesso à saúde, nossa luta tem e terá razão de continuar.

Um Partido que defende que a propriedade dos meios de produção e de comunicação deve ser social, com propostas autogestivas, cogestivas e cooperativistas, contrapondo-se aos modelos neoliberais.Um Partido que se empenhará para que o desenvolvimento científico e tecnológico seja considerado prioridade nacional, pois como não haverá progresso social sem o amplo desenvolvimento científico e tecnológico.

Um Partido que tem como objetivo a reforma democrática do Estado para que ele não tutele, mas que seja controlado pelos cidadãos e pela sociedade.

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Um Partido que luta por um programa radical de desenvolvimento que tenha o ser humano como sujeito e que seja capaz de eliminar a injusta distribuição de renda, acabando com a brutal concentração hoje existente. A consolidação da democracia política e a retomada do desenvolvimento, pondo fim à recessão e ao desemprego, são claras prioridades para a construção da cidadania.

Um Partido que lutará pela implantação do parlamentarismo, pelas reformas estruturais de que o país necessita e pela preservação dos direitos consagrados constitucionalmente. Um Partido que se dispõe a repensar tudo, 'mas que não abre, de forma alguma, seu compromisso de luta por uma sociedade mais justa e mais humana.

Um Partido que é e será um espaço aberto à participação de todos os que têm aspiração de construir essa sociedade. Um Partido que assume sem medo compromissos com o presente e o futuro, recusando a infalibilidade e o dogma, mas tendo em conta a experiência do passado.

Um Partido que não tem fórmulas prontas e acabadas, e que se propõe a discutir e formular um Projeto para a Nação Brasileira, com a colaboração de todas as forças do campo democrático. Esse é o desafio lançado a todos os militantes deste novo Partido e o convite a todos os que queiram nele se integrar.

* Manifesto de fundação do PPS, 26 janeiro de 1992, São Paulo, SP

http://portal.pps.org.br/portal/showData/243721
Do blog do Carlos Maia

Francisco irá reformar a igreja? Tá! Mas quer saber? Não há demão de tinta que dê jeito.





Muito se falou sobre o novo sumo pontífice da igreja católica, o argentino Bergoglio, agora papa Francisco. E muita besteira se falou. Grande partes delas, brincadeiras bobas sobre a nacionalidade do homem. Mas as mais irritantes são aquelas que dão a entender que o novo herói católico, com sua simplicidade e amor aos pobres, salvará a igreja de si mesma. Santa idiotice.

Não entro nem no mérito da boa vontade do argentino em combater a pedofilia, coisa que nenhum papa até agora fez, nem mesmo João Paulo II ou Bento XVI. Então digamos que sim, que Bergoglio iniciará um enfrentamento verdadeiro no espírito de não transferir de uma paróquia a outra, mas de expulsar mesmo da igreja e entregar à justiça os padres, frades, bispos e cardeais criminosos. Se isso acontecer estaremos diante de um dos maiores expurgos já vistos em uma organização religiosa e isso por si só seria uma benfeitoria sem tamanho ao mundo.

Digamos ainda que Francisco, como homem simples que é, decida simplesmente não morar nos palácios suntuosos da capital mundial do catolicismo, bagunçando mesmo sem querer a máquina oficial, que segundo dados oficiais do próprio Vaticano, emprega 4862 pessoas, arrecada 1,1 bilhões de reais por ano e gasta 1,05 bilhões de reais (os números referente ao ano de 2010). E se for adiante e resolver bater de frente como os homens do dinheiro de sua igreja, coisa que por muito menos teria levado à morte em 1978 o italiano Albino Luciani, o João Paulo I, 33 dias após sua escolha como papa. Se for audacioso o suficiente e duro na queda o suficiente, ao ponto de tornar pública as tenebrosas relações financeiras do grande banco católico, os desdobramentos do ponto de vista da tranquilidade dos capitalistas seriam desastrosas... pelo menos para alguns capitalistas e por outro lado, uma benção para todos nós, os explorados de todo o planeta.

Bem... nem o expurgo dos pedófilos, nem a guerra santa contra os santos homens de negócio parecem hipóteses muito prováveis para o papado recém iniciado do argentino. Mas façamos um esforço para crer que dê uma louca no papa e o homem abrace o mundo das improbabilidades levando adiante uma muito bem-vinda lavandeira apostólica romana, ainda assim não estaríamos diante de uma mudança significativa capaz de "modernizar" a igreja tornando-a, como se diz, "mais humana".

Coisas como o fim do celibato, a ordenação de mulheres, a aceitação do divórcio, o uso de preservativo e de anticopecional, o aborto mesmo que em caso de estupro ou risco de morte para a mãe, o respeito à orientação sexual das pessoas e seu direito a uma união estável perante o Estado, entre outros, não estão em hipótese alguma em discussão com Francisco à frente do catolicismo. Algumas dessas santas intolerâncias, como o celibato, foram cunhadas no decorrer da construção do catolicismo ainda nos anos feudais e nada deixa a crer que isso possa ser revisto na era do capital e assim abrir o debate sobre herança e previdência das famílias dos clérigos. Mas outras, são a base da própria doutrina judaico-cristã que é misógina e homofóbica até a medula. Não faltam passagens no tal livro sagrado, do velho ao novo testamento, que alimentam desavergonhadamente a cultura machista.

Lá nas tais escrituras "sagradas" estão coisas como:
"Vós, mulheres sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.” (Ef 5:22-24)
"A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão." (1Tm 2:11-14)
"Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra (...)" (Pe 3:1)
"O homem não deve cobrir a cabeça, porque ele é a imagem e o reflexo de Deus, a mulher, no entanto, é o reflexo do homem. Porque o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem." (1Co 11:7-9)
"Que as mulheres fiquem caladas nas assembléias, como se faz em todas as igrejas dos cristãos, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, perguntem aos maridos em casa; não é conveniente que a mulher fale nas assembléias." (1Co 14:34-35)
"Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cristãs." (Cl 3:18)
E para completar a cereja do bolo que tal essa belíssima orientação de como os devotos do deus de Abrãao devem tratar estupradores e suas vítimas:
"Se uma mulher for estuprada na cidade, e não gritar alto suficiente, ela deve ser apedrejada até à morte (Dt 22:23-24). Caso seja no campo, então ela vive (Dt 22:25). Enfim, se o estuprador for apanhado, ele deverá pagar uma quantia ao pai e casar com a estuprada." (Dt 22:28-29).
Então me perdoem meus amigos cristãos e católicos fervorosos ou não praticantes. A não ser que o tal Franscisco convoque a todos a queimar em praça pública suas bíblias, não serão quaisquer reformas que darão um novo ar à sua igreja.

Concluo este com dois videos que recomendo muito. O primeiro é o comentário de Luis Carlos Prates do último dia 14 de março sobre a necessidade de modernização da igreja e o segundo é do comediante Márcio Américo na figura do pastor Adélio falando sobre a Biblia. Bom proveito!
Francisco irá reformar a igreja? Tá! Mas quer saber? Não há demão de tinta que dê jeito.



http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br

quinta-feira, 28 de março de 2013

Senado aprova projeto que obriga SUS a fazer reconstrução de mama

Senado aprova projeto que obriga SUS a fazer reconstrução de mama



Brasília - O plenário do Senado aprovou hoje (26) projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a reconstrução da mama de mulheres que sofrerem de câncer, preferencialmente na mesma cirurgia em que ocorrer a retirada.
Pelo projeto, caso não seja possível fazer a reconstrução na mesma cirurgia, ela deve ocorrer logo que a mulher tiver condições clínicas de passar pelo procedimento. O objetivo é impedir que a cirurgia seja adiada seguidas vezes de modo a fazer com que a mulher que perdeu a mama desista do procedimento.
O projeto havia sido aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado e seguiu, em regime de urgência, para o plenário. Por não ter sido alterado em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto segue para sanção presidencial.
Do blog Maria Da Penha Neles

terça-feira, 26 de março de 2013

Português, língua do Brasil. (?)


O tupi, primeiro idioma encontrado pelos portugueses no Brasil de 1500, ainda resiste no nosso vocabulário. Agora tem gente querendo vê-lo até nas escolas. Em pleno século XXI.
tupi
No auge de sua loucura, o ultranacionalista personagem de Triste Fim de Policarpo Quaresma, livro clássico de Lima Barreto (1881-1922), conclamava seus contemporâneos a abandonar a língua portuguesa em favor do tupi. Hoje, 83 anos depois da publicação da obra, o sonho da ficção surge na realidade. O novo Policarpo é um respeitado professor e pesquisador de Letras Clássicas da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Navarro. Há dois meses, ele fundou a Tupi Aqui, uma organização não-governamental (ONG) que tem por objetivo lutar pela inclusão do idioma como matéria optativa no currículo das escolas paulistas. “Queremos montar vinte cursos de tupi em São Paulo no ano que vem”, disse à SUPER. O primeiro passo já está dado: em maio, Navarro lançou o seu Método Moderno de Tupi Antigo e, em setembro, colocou nas livrarias Poemas — Lírica Portuguesa e Tupi de José de Anchieta (ambos pela Editora Vozes), edição bilíngüe de obras do primeiro escritor em língua tupi.
À primeira vista o projeto parece birutice. Só que há precedentes. Em 1994, o Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro aprovou uma recomendação para que o tupi fosse ensinado no segundo grau. A decisão nunca chegou a ser posta em prática por pura falta de professores. Hoje, só uma universidade brasileira, a USP, ensina a língua, considerada morta, mas ainda não completamente enterrada.
Em sua forma original, o tupi, que até meados do século XVII foi o idioma mais usado no território brasileiro, não existe mais. Mas há uma variante moderna, o nheengatu (fala boa, em tupi), que continua na boca de cerca de 30 000 índios e caboclos no Amazonas. Sem falar da grande influência que teve no desenvolvimento do português e da cultura do Brasil. “Ele vive subterraneamente na fala dos nossos caboclos e no imaginário de autores fundamentais das nossas letras, como Mário de Andrade e José de Alencar”, disse à SUPER Alfredo Bosi, um dos maiores estudiosos da Literatura do país. “É o nosso inconsciente selvagem e primitivo.”
Todo dia, sem perceber; você fala algumas das 10 000 palavras que o tupi nos legou. Do nome de animais, como jacaré e jaguar; a termos cotidianos como cutucão, mingau e pipoca. É o que sobrou da língua do Brasil.

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http://rizvivirtual.wordpress.com

segunda-feira, 25 de março de 2013

Aécio torra 63% dos vôos com dinheiro público, para baladas no Rio


sexta-feira, 22 de março de 2013

O delito da inconsequência



    “Não, não vai acontecer nada, depois que eu bebo um pouco, fico até melhor no volante”.

            Tem pessoas que guardam arma em casa com facilidade de acesso por outras pessoas, alguns bebem e vão dirigir, outros trabalham em obras sem equipamento de proteção, afinal de contas estas leis são chatas e alguns  acham que sabem sempre o que estão fazendo.

            A síndrome de mulher maravilha e de super homem é algo que ocorre regularmente, as pessoas esquecem que são mortais e o pior, esquecem que os outros também morrem e então se colocam desnecessariamente em uma situação em que perdem o controle e o resultado muitas vezes é o inesperado e o indesejado.

            “Novamente aqueles caras com bafômetro estão aí para azucrinar, agente nem pode mais tomar uma cerva que vão querer nos tratar como criminosos”.

            Bom, quando a blitz é para pegar os carros porque não pagaram o IPVA, aí eu também não gosto, pois o país é campeão em arrecadar impostos sem dar retorno  e não nos dão espaço para respirar, pois às vezes estamos financeiramente quebrados e podemos precisar do carro para aquela emergência de ir até a padaria comprar o pãozinho, mas daí pegar uma blitz no caminho xiii, não é nada legal, mas cá para nós lugar de bêbado é no bar ou em casa dormindo, pois acordado pode encher o saco, mas nunca na direção de qualquer veículo, mesmo que seja uma bicicleta.

            Apesar de toda a tecnologia, e toda aprendizagem que nos tempos, temos os mais diversos cursos, mas pelo que eu saiba, ainda não inventaram nenhum quem ensine a voar como os pássaros, portanto estar a uma grande altura sem qualquer segurança e antinatural, pois existe uma lei que não foi feita pelo legislativo e nem pode se julgada no Judiciário, esta lei se chama lei da gravidade, se qualquer um desafiar, não tem remédio, vai ser punido na hora.

            Com relação às armas, é constante crianças matarem umas as outras, quando não fazem isto com adultos, ou até alguns adolescentes com vários parafusos faltando na cabeça, brincarem de roleta russa, e  até mesmo policiais que não se identificam como tal e que acabam em tiroteio, aqui em Brasília ano passado foram noticiados uns três conflitos destes pelo menos onde os dois morreram, ou um deles morreu, afinal de contas, se identificar como policial é um mero luxo, pois nenhum policial e bandido e qualquer outra pessoa armada é assassino, portanto, tiro neles.

            O pior de tudo isto é que as sandices criadas pelas irresponsabilidades podem ser facilmente evitadas, mas todos acham que possuem um campo de força que impede que fatos negativos lhe aconteçam, então deixam toda a responsabilidade para uma entidade invisível que vai proteger todo mundo que ele conhece, então facilitam o acontecimento de problemas por conta do fato que nada lhes pode acontecer até o dia que acontece.

            “Cinto de segurança? Para que isto? Isto só incomoda”. “Nós só vamos ali, daqui pra ali não vai acontecer nada, não precisa da cadeirinha não”. “Não tem perigo nenhum, esta criança de cinco anos não vai cair da moto comigo, deus me protege”.
            No dia em que todo mundo for a prova de balas, a prova de batidas de carro com a inércia tirando férias, quando a lei da gravidade for revogada, quando tomar bebida alcoólica tornar os reflexos mais apurados e só fazer bem enchendo o corpo de vitaminas, sais minerais e trazendo só saúde, aí a síndrome  de super homem e de mulher maravilha estarão justificadas, até lá, estas leis chatas, este pessoal implicante que faz as leis e as fazem serem cumpridas é que estão fazendo o trabalho de anjo da guarda que alguns dispensam quando mais precisam.

            Que tomem vergonha na cara.

terça-feira, 19 de março de 2013

Ser gay é pecado?


Em seu programa de tevê e nos cultos, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, um dos maiores porta-vozes do conservadorismo religioso no País, costuma repetir a ladainha: “Homossexualidade na Bíblia é pecado. Pode tentar, forçar, mas é pecado”. Mas será mesmo pecado ser gay? Não, contestam, baseados na interpretação da mesma Bíblia, sacerdotes cristãos, tanto católicos quanto evangélicos. Para eles, a mensagem de Jesus era de inclusão: se fosse hoje que viesse à Terra, o filho de Deus teria recebido os homossexuais de braços abertos.

A representação de São Sérgio e São Baco, símbolos da causa LGBT
“Orientação sexual não é o que vai definir a nossa salvação”, afirma o bispo primaz da Igreja Anglicana no Brasil, dom Maurício Andrade. “É muito provável que as pessoas homoafetivas fossem acolhidas por Jesus. O Evangelho que ele pregou foi de contracultura e inclusão dos marginalizados”, opina. Segundo o bispo, ao mesmo tempo que não há nenhuma menção à homossexualidade no Novo Testamento, há várias passagens que demonstram a pregação de Jesus pela inclusão. Não só o conhecido “quem nunca pecou que atire a primeira pedra” à adúltera Maria Madalena.

"A orientação sexual não é o que vai definir a nossa salvação", diz dom Maurício Andrade, bispo primaz da Igreja Anglicana. Foto: Sergio Amaral
No Evangelho de João, capítulo 4, Jesus está a caminho da Galileia, partindo de Jerusalém. Cansado, decide descansar ao lado de um velho poço, em plena região da Samaria, cujos habitantes eram desprezados pelos judeus. E inicia conversação com uma mulher samaritana que vinha buscar água, e lhe oferece a salvação da alma, para espanto de seus próprios apóstolos, que a consideravam ímpia. Também quando Jesus vai à casa de Zaqueu, o coletor de impostos decidido a passar a noite lá, os discípulos murmuram entre si que se hospedaria “com homem pecador”. Mas Jesus não só o faz como também oferece a Zaqueu, homem rico tido como ladrão, a salvação. “Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão.”
“Jesus inaugura o momento da Graça, os Evangelhos atualizam vários trechos do Velho Testamento. Ou alguém pode imaginar apedrejar pessoas hoje em dia?”, questiona dom Maurício, para quem a interpretação da Bíblia deve se basear no tripé tradição, razão e experiência cotidiana. “Quem interpreta que a Bíblia condena a homoafetividade está sendo literalista. Cada texto bíblico está inserido num contexto político, histórico e cultural, não pode ser transportado automaticamente para os dias de hoje. Além disso, a Igreja tem de dar resposta aos anseios da sociedade, senão estaremos falando com nós mesmos.”
Também anglicano, o arcebispo Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz em 1984, lançou em março deste ano o livro Deus Não É Cristão e Outras Provocações, que traz um texto sobre a inclusão dos cidadãos LGBT à Igreja e à sociedade. Para Tutu, a perseguição contra os homossexuais é uma das maiores injustiças do mundo atual, comparável ao apartheid contra o qual lutou na África do Sul. “O Jesus que adoro provavelmente não colabora com os que vilipendiam e perseguem uma minoria já oprimida”, escreveu. “Todo ser humano é precioso. Somos todos parte da família de Deus. Mas no mundo inteiro, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros são perseguidos. Nós os tratamos como párias e os fazemos duvidar que também sejam filhos de Deus. Uma blasfêmia: nós os culpamos pelo que são.”
Nos Estados Unidos, a Igreja Anglicana foi a primeira a ordenar um bispo homossexual, em 2004. “Não por ser gay, mas porque a Igreja reconheceu o serviço e o ministério dele”, alerta dom Maurício. Foi com base na demanda crescente de respostas por parte dos fiéis homossexuais ou com -parentes e amigos gays que os anglicanos começaram a rever suas posturas, a partir de 1997. No ano seguinte, foi feita uma recomendação para que os homoafetivos fossem escutados, embora a união de pessoas do mesmo sexo ainda fosse condenada e que se rejeitasse a prática homossexual como “incompatível” com as Escrituras.
No Brasil, onde possui mais de 60 mil seguidores, a Igreja Episcopal Anglicana realizou em 2001 a primeira consulta nacional sobre sexualidade, quando seus fiéis decidiram rejeitar “o princípio da exclusão, implícito na ética do pecado e da impureza”, e fazer uma declaração pública em favor da inclusividade como “essência do ministério encarnado de Jesus”. Em maio deste ano, os anglicanos divulgaram uma carta de apoio à decisão do Supremo Tribunal Federal de permitir a união civil entre pessoas do mesmo sexo, baseados não só na defesa da separação entre Estado e Igreja como no reconhecimento de que as relações homoafetivas “são parte do jeito de ser da sociedade e do ser humano”.
Com o reconhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça, em 25 de outubro, da união civil de duas lésbicas, é possível que a intolerância religiosa contra os homossexuais volte a se acirrar. No Twitter, Malafaia atiçava os seguidores a enviar e-mails aos juízes do Tribunal pedindo a rejeição do recurso. Em vão: a união entre as duas mulheres gaúchas, juntas há cinco anos, ganhou por 4 votos a 1.

Homossexual, o padre Alison não tem função como pároco. Foto: Olga Vlahou
A partir da primeira decisão do STF, foi criada, informalmente até agora, uma frente religiosa pela diversidade sexual, que reúne integrantes de diversas igrejas: batistas, metodistas, anglicanos, luteranos, presbiterianos, católicos e pentecostais. Coordenador do grupo, o metodista Anivaldo Padilha (pai do ministro da Saúde, Alexandre Padilha) diz que a homossexualidade é hoje um dos temas que mais dividem as igrejas, tanto evangélicas quanto católicas. “Quem alimenta o preconceito são as lideranças. Os fiéis manifestam dificuldade em obter respostas, porque no convívio com amigos, colegas ou mesmo parentes que sejam homossexuais não veem diferença.”


Sem dogmatismo: Gondim, evangélico contra os excessos neopentecostais. Foto: Olga Vlahou
“Trato também na pesquisa de como na lírica ou na prosa galego-portuguesa medievais aparecem alguns exemplos de relações entre homens”, diz o professor. “As relações homossexuais são documentáveis em todas as épocas, o que houve foi um processo de adulteração, de falsificação da história, para nos fazer pensar que não.” Outro dado importante ressaltado pelo pesquisador é que a perseguição contra os homossexuais vem originalmente do Estado. Só mais tarde a Igreja se converteria na principal fonte do preconceito.
“Os traços básicos do preconceito contra a homossexualidade tiveram sua origem na Baixa Idade Média, entre os séculos XI e XIV. É nessa altura que emerge a intolerância homofóbica, desconhecida na Antiguidade. Inventa-se o pecado da sodomia, inexistente nos mil primeiros anos do cristianismo, a englobar todo o sexo não reprodutivo, mas tendo como principal expoente as relações entre homens ou entre mulheres. Com o tempo, passará a ser o seu único significado”, explica Callón.
De fato, a palavra “sodomia” para designar o coito anal em geral e as relações homossexuais em particular, e ao que tudo indica foi introduzida na Bíblia por seu primeiro tradutor ao inglês, o britânico John Wycliffe (1320-1384). Wycliffe traduziu o termo grego arsenokoitai como “pecado de Sodoma”. Daí a utilização da palavra “sodomita” para designar os gays, o que acabou veiculando-os para sempre com o relato bíblico das pecadoras cidades de Sodoma e Gomorra, destruídas por Deus com fogo e enxofre para punir a imoralidade de seus habitantes. Mas o significado real de arsenokoitai (literalmente, a junção das palavras “macho” e “cama”) é ainda hoje alvo de controvérsia.
O próprio termo “homossexual” para designar as pessoas que preferem se relacionar com outras do mesmo sexo é recente: só passou a existir a partir do século XIX. A versão revisada em inglês da Bíblia, de 1946, é a primeira a utilizá-lo. Isto significa que as menções à “homossexualidade”, “sodomia” e “sodomitas” nas escrituras seriam mais uma questão de interpretação do que propriamente de tradução.
“A Bíblia, infelizmente, tem sido usada para defender quaisquer posicionamentos, desde a escravidão (sobram textos que legitimam a escravatura) ao genocídio”, opina o pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda de São Paulo, protestante. “Como o sexo é uma pulsão fundamental da existência, o controle sobre essa pulsão mantém um fascínio enorme sobre quem procura preservar o poder. Assim, o celibato católico e a rígida norma puritana não passam de mecanismos de controle. O uso casuístico das Escrituras na defesa de posturas consideradas conservadoras ou ‘ortodoxas’ não passam, como dizia Michel Foucault, de instrumentos de dominação.”


"A sociedade caminhou mais rápido e é um desafio à Igreja, quando deveria ser o contrário", diz Odja Barros. Foto: Thalita Chargel

Entre os católicos, curiosamente, a homossexualidade não é vetada a partir da Bíblia, mas a partir da concepção de que seria antinatural, ou seja, fora do objetivo da procriação. É assim, até hoje, que prega a Igreja, daí a condenação também ao uso de contraceptivos como a camisinha. Tudo isso vem de uma época em que se conhecia muito pouco de biologia. A descoberta do clitóris como fonte do prazer feminino, por exemplo, é do século XVI. O ovário, que sacramentou a diferença entre homem e mulher, só foi descoberto no século XVIII. Até então, pensava-se que a mulher era um homem em desvantagem, um corpo masculino “castrado”.
“Além disso, hoje temos conhecimento de uma gama impressionante de comportamentos sexuais entre os animais, o que inclui homossexualidade e hermafroditismo”, defende o padre católico James Alison, britânico radicado em São Paulo. Homossexual assumido, Alison conta que se situa numa espécie de “buraco negro” em que se encontram, segundo ele, muitos padres católicos gays: sem função como párocos, não estão subordinados a bispos e, por isso mesmo, escapam de sanções da Igreja. O padre, que vive como teólogo, compara a homossexualidade a ser canhoto. Ou seja, um porcentual- da população nasceria -homossexual, assim como nascem pessoas que escrevem com a mão esquerda. “Aproximadamente 9,5% das pessoas são canhotas e isso também já foi considerado uma patologia.”
http://www.cartacapital.com.br/

segunda-feira, 18 de março de 2013

140 milhões de meninas serão obrigadas a se casar até 2020, alertam agências da ONU




“Ninguém pode roubar a infância, a educação, a  saúde, e as aspirações de nenhuma menina. Mas ainda hoje, milhões de meninas têm seus direitos negados a cada ano, quando são obrigadas a se casar ainda crianças”, disse a Diretora Executiva da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), Michelle Bachelet.
Se as atuais taxas de casamento infantil continuarem, mais de 140 milhões de meninas se tornarão noivas-crianças entre 2011 e 2020, alertou a ONU na quinta-feira (7), advertindo que pouco progresso tem sido feito para acabar com esta prática.
Destas 140 milhões de meninas, 50 milhões terão 15 anos ou menos, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), que acrescentou que as meninas que se casam antes dos 18 anos têm um risco maior de serem vítimas de violência pelo seu parceiro do que aquelas que se casam mais tarde. “O casamento infantil é uma violação terrível dos direitos humanos”, disse o Diretor Executivo do UNFPA,  Babatunde Osotimehin.
Além disso, o casamento infantil também expõe as meninas aos riscos de gravidez precoce, que pode ter consequências fatais. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), complicações na gravidez e no parto são as principais causas de morte de meninas dos 15 aos 19 anos nos países em desenvolvimento.
Nascimentos e mortes de recém-nascidos são também 50% superiores entre as mães de até 19 anos do que em mulheres que engravidam em seus 20 anos. “O casamento de crianças faz as meninas muito mais vulneráveis aos riscos de saúde do início da gravidez e do parto – assim como seus bebês são mais vulneráveis a complicações associadas com o trabalho de parto prematuro”, disse o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake.
Apesar de em 158 países a idade legal para o casamento ser 18 anos, a lei raramente é aplicada, já que a prática de se casar com crianças é sustentada pela tradição e normas sociais. Isto é mais comum na zona rural da África Subsaariana e no Sul da Ásia.
Atualmente, os dez países com as maiores taxas de casamento infantil são: Níger, Chade, República Centro-Africana, Bangladesh, Guiné, Moçambique, Mali, Burkina Fasso, Sudão do Sul e Malauí. No entanto, em termos de números absolutos, por causa do tamanho de sua população, é na Índia que acontecem a maioria dos casamentos de crianças: a noiva é uma menina em 47% dos casamentos.
Estas questões são o foco de uma sessão especial sobre o casamento infantil, que está sendo realizada pela Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher (CSW), em Nova York, Estados Unidos, reunindo diversos especialistas sobre o assunto.
Via:ONU BR

sábado, 16 de março de 2013

E a NOSSA Liberdade de Expressão?


Procuradoria vai Monitorar vídeos e Texto no GOOGLE que ofenda Parlamentares, e a NOSSA Liberdade de Expressão?

Esta petição está esperando pela aprovação da Comunidade da Avaaz.
Procuradoria vai Monitorar vídeos e Texto no GOOGLE que ofenda Parlamentares, e a NOSSA Liberdade de Expressão?
20,000
11,610
11,610 assinaturas. Vamos chegar a 20,000

Por que isto é importante

É importante para que todos os brasileiros tenham a Liberdade para se expressar diante de um ato ao qual não concordamos e muito menos atitudes de alguns Políticos deste País que querem a todo custo e usando da Força maior para tirar e nos reprimir da única coisa que ainda nos Resta neste País, a Liberdade de Expressão, e isto nós não iremos Permitir!!!
O Tempo que a Câmara vai perder monitorando Vídeos e Textos na Internet que monitorem os Próprios Deputados para ver se estão Trabalhando certinho, se estão chegando no Horário, se não faltam no Serviço, se não estão criando cargos fantasmas e se não estão metendo a mão no Dinheiro Público aí sim quem sabe, poderemos falar bem!!!
Encarregada de defender a imagem da Casa e dos deputados federais, a Procuradoria da Câmara quer controlar a internet para tirar do ar vídeos e comentários que desagradam aos parlamentares. O órgão jurídico da Câmara recebe pelo menos duas reclamações por mês sobre textos de blogs e vídeos postados em sites, que são considerados ofensivos ou caluniosos contra os deputados. Foram cerca de 30 reclamações desde janeiro de 2012, de acordo com a assessoria da Câmara. A maior parte é relativa a conteúdo publicado no portal Blogger e no site de vídeos Youtube, duas das maiores marcas pertencentes ao Google.

“Uma coisa é a boa informação, outra coisa é a informação incorreta. Ninguém pode publicar algo ofensivo, errado, inverídico. Quando isso acontece, temos que levar a questão à frente e, lamentavelmente, muitas vezes chegar aos tribunais”, afirma o novo procurador-geral da Câmara, o deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), há uma semana no cargo. Ele garante que tentará uma aproximação cordial com a empresa, para evitar desgastes para ambos os lados. “Tentarei manter um relacionamento cortês, seja com o Google ou com qualquer outro meio de comunicação”, afirma.
FONTE: >http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2013/03/05/interna_politica,352830/procuradoria-da-camara-vai-monitorar-videos-na-web-contra-parlamentares.shtml

O MESMO QUE ESTÁ QUERENDO TIRAR A NOSSA LIBERDADE É ACUSADO DE CORRUPÇÃO ELEITORAL.
Veja a Matéria no Link abaixo.
http://www.portali9.com.br/noticias/denuncia/deputado-federal-claudio-cajado-dem-ba-foi-acusado-de-corrupcao-eleitoral

Videos Sobre a Liberdade de Expressão!!...
http://www.youtube.com/watch?v=ZGUefsIWp88
http://www.youtube.com/watch?v=HyhxVxzm_jQ&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=FFp_5n3uRYo
COMPARTILHEM TODOS, VAMOS MOSTRAR A FORÇA QUE O POVO TEM!!!!

Palavras da PRESIDENTA DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL sobre a Liberdade de Expressão, no Link do Vídeo ABAIXO!!!

http://www.youtube.com/watch?v=Pu5ft8UF7dA

Muito Obrigado!!!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Trabalho doméstico ainda é tarefa feminina





Mulheres dedicam, em média, 27,7 horas por semana para afazeres em casa. Homens dedicam 11,2 horas semanais; Mulheres querem divisão igualitária

Aline Scarso - Brasil de Fato

Afazeres domésticos ainda são uma tarefa predominantemente feminina? A pesquisa “Uma análise das condições de vida da população brasileira de 2012”, com dados relativos à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2011, mostra que sim. As mulheres dedicam, em média, 27,7 horas por semana para afazeres domésticos, enquanto os homens dedicam 11,2 horas semanais. A quantidade de horas dedicadas pelo gênero feminino às atividades, muitas vezes ingratas, de manutenção do lar chega a ser 2,5 vezes maior que a do gênero masculino.
Entre homens e mulheres que trabalham fora, a divisão do trabalho em casa também permanece desigual. Entre a população ocupada com mais de 16 anos, mulheres dedicam 22,3 horas para as jornadas domésticas, enquanto os homens gastam 10,2 horas, o que mostra que ainda persiste na sociedade brasileira uma maior parte da responsabilidade pela manutenção do lar à mulher, apesar do acesso dos dois gêneros ao mercado de trabalho.
O Nordeste foi a região do país que registrou a maior diferença na divisão de trabalho entre gêneros. Além do trabalho fora de casa, as nordestinas gastam 13,7 horas semanais a mais que os homens nordestinos com trabalhos domésticos. No índice geral que conta a população ocupada e desocupada, as mulheres chegam a trabalhar 17,8 horas a mais que os homens na região. Mas por que isso acontece? As mulheres contribuem para esse tipo de relação?
A artesã Wilma Ribeiro de Souza (45), casada há 23 anos com Adolfo da Silveira Dias (45) e mãe de Vinícius (21), Ana Carolina (18) e Jonatha (15), conta que ela e a filha eram as responsáveis por toda a atividade doméstica – lavavam, passavam, limpavam, alimentavam. “Era aquela coisa: se você era mulher, tinha que fazer. E eu achava que era normal, que era meu papel de mãe e mulher”, afirma.
Há quatro anos a divisão de tarefas vem mudando na casa dela. “Hoje na minha casa vivemos de forma cooperativa. Todo mundo faz alguma atividade doméstica. A roupa, por exemplo, é meu marido quem passa”, explica. A mudança aconteceu depois que Wilma começou a participar do movimento feminista e levou a discussão da divisão de tarefas para dentro de casa.
Wilma, com o marido e os filhos. Eles não queriam dividir o trabalho doméstico: "Cuidar da casa era coisa de mulher", conta a artesã - Foto: Arquivo Pessoal
No início, segundo ela, foi difícil os homens aceitarem a divisão. “Eles achavam ruim.  Na mentalidade deles esse tipo de serviço era coisa de mulher. O meu marido falava: ‘mas eu trabalho o dia inteiro e tenho que chegar em casa e trabalhar?’. E eu dizia: mas eu também trabalho”, diz. Aos poucos, Adolfo foi percebendo que a divisão era justa e deu razão a ela. A pressão dos irmãos contra a irmã Ana Carolina para que ela realizasse as tarefas domésticas também cessou. “Ela sempre lutou contra isso”, conta a mãe. Hoje, assim como Wilma, Ana Carolina é militante feminista.
Cultura machista
A ideia de que os homens são os provedores financeiros da família e que as mulheres são as mantenedoras do bem-estar do lar persiste há séculos na sociedade brasileira e a nível mundial. Esse tipo cultura social faz com que recaia sobre as mulheres o chamado trabalho de cuidados. Na família, é comum que a mulher seja a responsável pelo cuidado das crianças, dos idosos e de um ente doente. Muitas deixam de trabalhar fora de casa para assumirem essa função, não remunerada e não reconhecida pela sociedade.
“Existe uma construção social de relações de gênero que reafirma que a tarefa natural das mulheres é prover esses cuidados. E isso é reforçado o tempo todo pelos meios de comunicação, de que as mulheres nascem para cuidar, que têm mais jeito com os filhos”, explica Maria Fernanda Marcelino, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), entidade que faz parte da Secretaria Executiva da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). “Mas isso é uma construção social, pois as mulheres e os homens são educados de formas diferentes e vão, ao longo de suas vidas, sendo direcionados para cumprir papéis diferenciados”, complementa.
"Existe uma construção social de relações de gênero que reafirma
que a tarefa natural das mulheres é prover esses cuidados", explica
integrante da SOF, Maria Fernanda Marcelino - Foto: Reprodução
É fácil observar a propagação do modelo. Nas propagandas de produtos de limpeza, por exemplo, quem são as protagonistas se não as mulheres? “Não existe propaganda de sabão em pó direcionada aos homens. E o modelo sempre é uma família heterossexual”, analisa Maria Fernanda.
A artesã Wilma Ribeiro de Souza diz ter tido dificuldade para reivindicar a ajuda do marido e dos filhos nas atividades domésticas. Ela aprendeu com a mãe que era a mulher a responsável pelo serviço doméstico e conta que se sentia mal de cobrar a ajuda dos homens. “Já com a minha filha não vai acontecer isso, ela não vai permitir”, acredita. Hoje, Wilma defende que as mulheres se apoderem da igualdade de direitos e reivindiquem, sem medo, a divisão igualitária dos serviços. “Falta discussão sobre isso dentro da casa. É preciso ter esse tipo de conversa”, ressalta.

Mulheres querem direitos iguais
A divisão igualitária do trabalho doméstico é uma das bandeiras de luta não só de brasileiras, como de mulheres de todo o mundo. “Não existe coisa de homem ou de mulher. O que existe são crianças para serem cuidadas e tarefas para serem feitas”, afirma a integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF), Maria Fernanda Marcelino, Segundo ela, o Estado precisa fornecer equipamentos que diminuam o trabalho no seio da família como, por exemplo, creches públicas para as crianças e lavanderias e restaurantes a preços acessíveis.
Na tarde dessa sexta-feira (08), mulheres de dezenas organizações feministas ligadas a movimentos sociais, sindicatos, partidos, coletivos e entidades saem às ruas de São Paulo para cobrar esses e mais direitos. A concentração ocorre na Praça da Sé. “A esquerda tem tido bastante dificuldade de fazer momentos de luta unitários. Mas esse é um esforço das mulheres porque a opressão machista atinge a todas elas”, explica Maria Fernanda.
O dia de 08 de março é historicamente um dia de luta feminista. Neste dia, em 1857, mulheres de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque, nos Estados Unidos, fizeram uma greve para cobrar equiparação de salários com o dos homens, tratamento digno e redução da carga de trabalho. A manifestação foi brutalmente reprimida. As mulheres foram trancadas na fábrica, que foi incendiada, e cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas.
Do blog Maria Da Penha Neles