sábado, 31 de maio de 2014

Ler Bíblia nas escolas não é religião, afirma vereadora

Carla Pimentel (foto), de Curitiba (Paraná), é mais uma vereadora evangélica que, em vez de se preocupar com questões de interesse de toda a comunidade, empenha-se em impor a sua religião a todos.

A diferença entre ela e outros parlamentares que usam o seu mandato para evangelizar é que Pimentel, certamente julgando-se esperta, subestima a inteligência da população.

É o que ela mostrou ao apresentar projeto de lei que, se aprovado, sugere à prefeitura que adote em caráter obrigatório ou opcional a leitura da Bíblia nas escolas públicas e particulares. Em desprezo ao discernimento alheio, ela negou o óbvio, que o projeto não tem nenhum cunho religioso, porque se trata apenas de uma iniciativa “educacional”.

“A leitura bíblica proporcionará aos alunos fundamentos históricos”, disse a evangélica. "A minha intenção com a lei é que a Bíblia seja usada para a pesquisa, já que é rico em informações científicas, culturais, arqueológicas.”

Não há sequer um único historiador de credibilidade que atribua valor “educacional” à Bíblia, considerando-a pelo que é: o livro sagrado dos cristãos que contém pregações sensatas e outras absurdas, como as que justificam o extermínio de etnias.

Vereadora pelo PSC, Carla Pimentel é missionária. Sua página no site da Câmara Municipal informa que é neta do pastor José Pimentel de Carvalho, um dos fundadores das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Paraná.

O projeto de lei é, obviamente, inconstitucional porque nenhuma instância de governo pode beneficiar direta ou indiretamente crença religiosa. Esse é o caráter da laicidade do Estado brasileiro, o qual deve ou deveria sem obedecido por todos, a começar pelos detentores de cargos políticos, para dar exemplo.

Na argumentação do projeto, a “educadora” Pimentel se contradiz. Ao mesmo tempo em que afirmou que a leitura da Bíblia em sala de aula nada ter a ver com religião, ela disse que proibi-la aos estudantes é “uma intolerância [religiosa] que leva ao preconceito e a um ato de discriminação”.

A vereadora reproduziu o que sempre se diz da Bíblia, que se trata do livro mais traduzido, mais lido, etc., etc. Disse também que o livro cristão ajudou nas decisões de líderes como George Washington e Abraham Lincoln.

O projeto de lei precisa ser aprovado por comissões temáticas da Câmara para chegar ao plenário e ser votado. Se for aprovado, terá de ser sancionado pelo Executivo.

Independentemente disso, Pimentel já está concorrendo ao troféu Cara de Pau.

Com informação do BandeNew e outras fontes, e foto de divulgação.


Fonte:Blog do Paulo Lopes

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O mundo virtual também precisa de limites

A Internet é um local onde as crianças encontram ampla oportunidade educacional, pesquisam os mais diversos assuntos, entram em contato com as diversidades do mundo, se divertem ou simplesmente relaxam. O que os pais precisam saber é que igual ao mundo real, no virtual também existem perigos para a criançada.

Crianças não têm capacidade de julgar o suficiente para determinar o que é bom ou ruim para elas e são facilmente enganadas por informações ou pessoas falsas, passando seus dados pessoais via Internet. O vício pela Internet interfere diretamente naquilo que os avós e pais certamente tiveram na infância: a liberdade para brincar nas ruas e fazer amizades através de relações pessoais, e não à distancia.

Nesse momento, os pais exercem papel fundamental na educação dos filhos em relação ao mundo idealizado do computador. Crianças menores de 10 anos não devem navegar sozinhas. O ideal é que os menores estejam sempre acompanhados de um adulto para orientação do certo e do errado.

Não que a Internet seja um bicho-papão. Ao contrário. A garotada da fase pré-escolar pode usufruir a diversidade de sons, imagens e cores que a Internet proporciona. Sempre esteja com a criança mostrando fotos da família, visitando sites infantis e já ensinando regras de segurança como o de não passar seu nome para alguém ou site que peça qualquer tipo de informação pessoal. Incentive a chamá-lo quando algo diferente acontecer.

Fases - Aos 6 anos, a criança já quer explorar o computador sozinho e experimentar suas novas habilidades como leitura e atividades motoras. Existem páginas feitas especialmente para o público infantil, com ferramentas de pesquisa próprias para a idade. Nunca deixe de monitorar e ajudar.

As crianças de 7 ou 8 anos geralmente despertam o interesse pelas salas de bate papo ou por sites que seus amigos navegam. Permita que tenha um endereço de email compartilhado com a família, ensine a consultá-lo antes de fazer algum download ou fornecer qualquer tipo de informação. Nesta idade é bom fazer em conjunto com a criança uma lista de regras de uso da Internet e deixar do lado do computador.

Esta lista deve conter alguns itens importantes, tais como o que seus filhos podem fazer na Internet e quanto tempo ficar, como proteger senhas e informações pessoais, como agir em salas de bate papo e com pessoas que o incomodarem. Se a criança tiver alguma dúvida, é importante conversar com os pais e não encontrar pessoas que conheçam na Internet sem permissão deles.

Proteção dos pais - Mantenha o computador conectado à Internet em um local de uso comum na casa para que você possa supervisionar com facilidade as atividades online de seus filhos e compartilhar dessa experiência com eles.

Além do acompanhamento dos pais, existem ferramentas de filtragens que barram o acesso das crianças a sites proibidos cadastrados e atualizados pelo fornecedor do software e também pelos pais.

Dessa forma, as crianças aprenderão a lidar de maneira concreta com o que é mau sem deixar de saber que existem sites de pornografia, drogas ou violência. Serão crianças bem seletivas e não se deixarão levar pelas oportunidades falsas.

Mostrar o grande volume de informações disponíveis com o clique de um botão é possibilitar a absorção de conhecimento adequado pela criança, mas sempre com a participação dos pais. O mundo virtual deve fazer parte da vida da família assim como o mundo real.


Por: Bruno Rodrigues - Site Guia do Bebê

sábado, 24 de maio de 2014

São Paulo, sem água e sem pesquisa eleitoral

Mera coincidência? Sem água, sem pesquisa eleitoral em São Paulo

Sistema Cantareira seca e pesquisas eleitorais para governador de São Paulo não são publicadas. Alckmin é beneficiado com o início tardio das discussões eleitorais no estado mais rico do Brasil
Sistema Cantareira seca e pesquisas eleitorais para governador de São Paulo não são publicadas. Alckmin é beneficiado com o início tardio das discussões eleitorais no estado mais rico do Brasil
A pouco menos de 5 meses do primeiro turno das eleições, a toda semana brota uma nova pesquisa eleitoral para medir a preferência do eleitor para presidente da República, solicitadas (e pagas) por confederações patronais, redes de televisão, revistas semanais e um grande jornal impresso de São Paulo.
A profusão de levantamentos gera um fato que pretende interferir na vontade do eleitorado, ditando tendências que se confirmam (ou não) nas consultas seguintes.
Mas a questão que intriga é saber porquê o estado mais rico do Brasil não tem uma nova pesquisa publicada desde dezembro de 2013.
A ausência de pesquisas eleitorais costuma ajudar a quem está no governo e passa uma ideia de que os cenários pouco mudaram. Por outro lado cria-se um ambiente de pouco interesse e discussão política, ao contrário do que ocorre na disputa presidencial onde a pauta dos institutos de pesquisas e seus resultados ganham espaços de muito destaque na imprensa.
Nenhuma rede de televisão, como a Globo SP, confederação patronal, como a Fiesp, ou mesmo os grandes jornais locais, como a Folha de São Paulo e o Estadão se interessam em saber o que pensa o eleitor paulista sobre as eleições para governador?
No último levantamento Alckmin tinha 43% das intenções de voto no Datafolha, pouco antes do natal.
Logo após este período surgiu a crise de abastecimento de água e um pouco mais depois começou o racionamento de água, batizado de “rodízio” pelo governo de São Paulo e assimilado pela imprensa.
Pode até ser mera coincidência entre estes fatos, a interrupção das pesquisas para governador no momento e o inicio da crise hídrica, mas o fato concreto é que tal silêncio somente beneficia Alckmin, já que a crise é resultado de falta de investimentos de seu governo nesta área e isto poderia materializar-se em índices baixos de popularidade e de intenções de votos.
Em 2012 na eleição municipal paulistana este expediente foi utilizado e poucas pesquisas foram divulgadas, coincidentemente, beneficiando o candidato de Kassab, José Serra, que mesmo poupado por consultas menos frequentes, foi derrotado por Fernando Haddad.
Talvez por isso os levantamentos não foram feitos com antecedência razoável naquele ano (ou pelo menos publicados)?
O mesmo estará ocorrendo agora?
Geralmente as equipes dos candidatos e os partidos que os apoiam fazem diversas encomendas de pesquisas para verificar o ambiente político e suas reais condições no pleito.
Não são obrigados a publicar, mas a grande imprensa que se arroga serviçal dos interesses da sociedade pode, se quiser, encomendar e publicar as pesquisas eleitorais. Nada os impedem, apenas seus próprios interesses.
No Rio de Janeiro, por exemplo, já foram feitas algumas pesquisas neste período de seca de consultas populares e de água em São Paulo.
http://blogpalavrasdiversas.wordpress.com/2014/05/14/mera-coincidencia-sem-agua-sem-pesquisa-eleitoral-em-sao-paulo/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quadro do Zorra Total explora assédio sexual para fazer rir



Foto: TV Globo / Divulgação

Os comediantes pedem que não haja censura para o humor. É uma reivindicação legítima. Desde que não se leve em consideração o festival de baixarias do 'Zorra Total'. O programa acaba de completar 15 anos em sua pior fase. A audiência declinante — entre 14 e 17 pontos de média nos últimos dois meses — reflete a decadência do conteúdo. A principal novidade para 2014 estreou há duas semanas: o quadro Ônibus na Marginal Parada.
Personagens excêntricos se acotovelam dentro de um coletivo, em uma das vias de maior congestionamento de São Paulo. A premissa é boa, assim como era interessante o argumento inicial do Metrô Zorra Brasil. Porém bastam alguns minutos para constatar que os roteiristas ainda recorrem aos preconceitos de sempre para tentar fazer rir.
Estão lá o manifestante emo sendo chamado de 'bicha' e, ao mesmo tempo, em busca de alguém para encoxá-lo. A passageira ninfomaníaca que, do nada, senta no colo do vizinho de banco e pergunta se ele é bom de cama. A motorista lésbica que assedia passageiras com sua 'mão boba' e as convida para o sexo. Um desfile vergonhoso de estereótipos.
A crítica feita aqui não está fundamentada no puritanismo. Piadas sexuais fazem parte do repertório de qualquer pessoa. Mas quando ditas em tom propositalmente depreciativo, na faixa nobre da principal emissora do país, prestam um desserviço à sociedade. Apesar de não viver o seu melhor momento, a televisão ainda exerce influência direta no pensamento de milhões de pessoas.
É possível ironizar comportamentos sem descambar para o mau gosto, o sexismo, a homofobia e o bullying. Basta não cair na armadilha da piada pronta, do sarcasmo baseado na desmoralização de tipos já tão visados e frequentemente agredidos.
Não há problema em a comédia conter o politicamente incorreto. Contudo, corroborar as mais variadas formas de preconceito — racial, gênero, crença, orientação sexual — resulta em prejuízo para humoristas e telespectadores. A Globo tem estrutura (atores, roteiristas, diretores) para fazer uma produção popular com qualidade.

Ao tentar cumprir a missão de divertir, o novo quadro do Zorra Total apenas constrange. O programa tem um elenco com grandes talentos, como Rodrigo Sant´anna (Valéria), Thalita Carauta (Janete) e Katiuscia Canoro (Humberlinda). Tomara que o trânsito da Marginal comece a fluir para que os passageiros desse ônibus tomem outro rumo — menos apelativo e realmente engraçado.

Do Blog Maria Da Penha Neles

terça-feira, 20 de maio de 2014

Ameaça terrorista contra Cuba



Ameaça terrorista contra Cuba

Washington se nega a agir para impedir que os grupos da extrema direita cubana da Flórida planejem atentados contra a ilha

Em 6 de maio de 2014, as autoridades cubanas anunciaram a prisão de quatro pessoas residentes em Miami, suspeitas de preparar atentados terroristas contra a ilha. José Ortega Amador, Obdulio Rodríguez González, Raibel Pacheco Santos e Félix Monzón Álvarez partiram da Flórida e “reconheceram que pretendiam atacar instalação militares com objetivo de promover ações violentas”.
Terroristas Santiago Alvarez, Osvaldo Mitat e
José Hilario Pujol junto ao barco Santrina
O governo acusou outros três residentes em Miami, com graves antecedentes criminais, de serem autores intelectuais do projeto de atentado: “[Os quatro presos] declararam também que esses planos estavam sendo organizados sob a direção dos terroristas Santiago Álvarez Fernández Magriñá, Osvaldo Mitat e Manuel Alzugaray, que viviam em Miami e tinham vínculos estreitos com o famoso terrorista Luis Posada Carriles”.
Desde 1959, Cuba é vítima de uma intensa campanha de terrorismo orquestrada a partir dos Estados Unidos pela CIA e pelos exilados cubanos. Ao todo, foram realizados 7 mil atentados contra a ilha desde o triunfo da Revolução. Custaram a vida de 3.478 pessoas e causaram sequelas permanentes a outras 2.099.
No começo dos anos 1990, depois do desmantelamento da União Soviética e da abertura de Cuba para o turismo, houve um aumento do número de atentados terroristas contra a infraestrutura hoteleira de Havana, executados pela extrema direita cubana de Miami com a finalidade de dissuadir turistas de viajar à ilha, sabotando, assim, um setor vital para a moribunda economia cubana. Os violentos atos causaram dezenas de vítimas e custaram a vida de um turista italiano, Fabio di Celmo.
Os autores desses atos terroristas ainda estão em Miami, onde gozam de total impunidade. O caso de Luis Posada Carriles[foto à direita] é o exemplo perfeito. Antigo policial da ditadura de Batista, foi agente da CIA depois de 1959 e participou da invasão da Baía dos Porcos. É responsável por mais de uma centena de assassinatos, entre eles o atentado de 6 de outubro de 1976 contra o avião civil da companhia Cubana de Aviación (Cubana de Aviação), que custou a vida de 73 pessoas – entre elas, toda a equipe cubana juvenil de esgrima que havia acabado de ganhar os Jogos Pan-Americanos.
Não restam dúvidas sobre a culpa de Posada Carriles: ele reivindicou abertamente sua trajetória terrorista em sua autobiografia intitulada Los caminos del guerrero (Os caminhos do guerreiro) e reconheceu publicamente ser o autor intelectual dos atentados de 1997 contra a indústria turística cubana em uma entrevista ao The New York Times em 12 de julho de 1998. Além disso, os arquivos do FBI e da CIA revelados respectivamente em 2005 e em 2006 demonstram seu envolvimento no terrorismo contra Cuba.
Posada Carriles nunca foi julgado por seus crimes. Pelo contrário. Washington sempre lhe protegeu, recusando-se a processá-lo por seus atos ou a extraditá-lo a Cuba ou à Venezuela (onde também cometeu crimes). Essa realidade desmente as declarações da Casa Branca sobre a luta contra o terrorismo.
Fernando González, um dos cinco herois
 cubanos presos nos Estados Unidos
chegando a Cuba e recebido
pelo presidente Raúl Castro.
Em 1997, Cuba propôs aos Estados Unidos uma colaboração discreta na luta contra o terrorismo. O escritor colombiano Gabriel García Márquez, recém falecido, que mantinha relações amistosas tanto com Fidel Castro como com Bill Clinton, serviu de mensageiro. O governo da ilha convidou dois funcionários do FBI a Havana para lhes entregar um relatório sobre as atuações criminosas de algumas organizações sediadas na Flórida. De fato, os serviços de inteligência cubanos haviam infiltrado vários de seus agentes na Flórida. Mas, em vez de neutralizar os responsáveis pelos atos terroristas, o governo dos Estados Unidos decidiu prender cinco agentes cubanos em 1998 e condená-los a penas sumariamente severas, que vão desde 15 anos de reclusão até duas penas perpétuas, em um julgamento denunciado por várias organizações internacionais. Três dos condenados — Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino — ainda estão atrás das grades.
Ao mesmo tempo, para justificar sua política hostil de sanções econômicas anacrônicas e cruéis, que afetam todas as categorias da população cubana, além de impedir qualquer normalização das relações bilaterais, Washington não vacila ao colocar Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo internacional, sob pretexto de que alguns membros da organização separatista basca ETA e da guerrilha colombiana das FARC estejam em Cuba… após um pedido expresso dos governos espanhol e colombiano. Washington reconhece isso claramente em seu informe: “O governo de Cuba apoiou e patrocinou negociações entre as FARC e o governo da Colômbia com o objetivo de conseguir um acordo de paz entre ambas as partes”. Os Estados Unidos reconhecem que “não há informação de que o governo cubano tenha suprido com armamentos ou oferecido treinamento paramilitar a grupos terroristas” e admite que “membros do ETA residentes em Cuba foram realocados com a cooperação do governo espanhol”.

Raúl Castro inaugura a cúpula da Celac e Dilma afirma que a

 América Latina e Caribe não aceitam mais o isolamento de Cuba    

Washington justifica também a inclusão de Cuba na lista dos países terroristas por conta da presença na ilha de refugiados políticos procurados pela Justiça norte-americana desde os anos 1970 e 1980. No entanto, nenhuma dessas pessoas já foi acusada de terrorismo.
Os 33 países da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) rechaçaram por unanimidade a inclusão de Cuba na lista de países terroristas, apontando um sério revés para Washington. Em uma declaração publicada em 7 de maio de 2014, a Celac expressou “sua total oposição à elaboração de listas unilaterais que acusam Estados de supostamente apoiar e copatrocinar o terrorismo e insta o governo dos Estados Unidos da América a colocar fim a essa prática” que suscita “a reprovação” da “comunidade internacional e da opinião pública dos Estados Unidos”.
Desde há mais de meio século, Cuba sofre violência terrorista orquestrada pelos Estados Unidos — primeiro pela CIA e agora pela extrema direita cubana. A impunidade conferida aos grupelhos violentos e as drásticas penas de prisão aos agentes cubanos que conseguiram impedir a realização de, pelo menos, 170 atentados contra a ilha ilustra as duas caras dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo e lança uma sombra sobre a credibilidade de Washington sobre esse tema.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Na dúvida,siga à esquerda

Quem acredita e deseja mesmo uma Nação Honesta, Justa e Verdadeira,  está junto com a esquerda, que é a parcela do povo que deseja o mesmo, de todos os poderes aquisitivos.

É interessante saber o que é realmente ser de esquerda e de direita, que são apenas rótulos para simplificar as coisas.

Mas quem contamina as pessoas com informações duvidosas, age para a Direita, que tem uma boa parcela representada por aqueles que são desonestos, tão pouco justos e verdadeiros.

Se as pessoas querem realmente mudança, precisam livrar-se do senso comum estimulado pelas mídias comerciais, que trabalham para grupos desonestos, injustos e mentirosos.

É de interesse desses grupos que as pessoas não se interessem pela política e acreditem que a democracia se limita em eleições.

Quem não procura entender, corre o risco de ser útil aos políticos que são contra os que realmente podem ajudar no processo de transição da ditadura para a democracia, que ainda não acabou.

Para curar as influências das Ditaduras, são necessários mais que 50 anos. Ainda mais se o período que ela durou é dez vez maior.

Reclamar apenas não adianta, é preciso pensar, se informar, para ter chances pra mudar e saber que a mudança não será vivida por agora. Será gradativa, a guerra de interesses não pode ser ignorada. Portanto é preciso se situar, agir honestamente e quando não puder ajudar, tenta ao menos não correr o risco de ser usado e contribuir para que mais pessoas sejam.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Não às pedras e tiros,sim ao som de violinos e flautas

Estar no mundo é ser militante. Quando eu participo, e sim até quando eu decido, num estado iludido, de achar que não participo que não milito.

Então só espero estar militando por algo que de fato seja belo como dizia Paulo Freire, cheio de "belezura", de se ver e de se sentir cada vez mais humano mais acolhido, olhar para o lado e ver mais sorriso que tristezas, mais possibilidade que impossibilidades. 

Mais presença que indiferença. Mais acolhimento que rejeição, mais gente contente e esperançada, onde ai sim você se sente realmente assegurado, pois a chance de se perder num estado miserável e sentir-se mal em suas inúmeras formas foi reduzida. 

Queremos segurança? 
Então invistamos no humano ao invés de complexados  e caríssimos sistemas inúteis de segurança dando acesso a cultura, e a participação: musica nas ruas, teatro nas ruas, dança nas ruas, orquestra nas ruas, escola nas ruas, vida nas ruas. 

As ruas devem ser tomadas por esses sonhos que levam o homem para além da coisificação. 

As ruas são as veias onde deve correr não os paus, não as pedras e tiros, mas o som de violinos e flautas doces, da musicalidade, da expressividade humana, que traz o homem para mais perto de seu humano. 

E digo um dia assim já bastaria e certamente a maioria dirá e realmente sentindo-se segura: Hoje sim eu posso dizer que vivi.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A criança e a Religião

Sempre pensei da seguinte maneira.

"Não quero ensinar nenhuma religião ao meu filho. Não quero influenciá-lo; quero que ele a escolha por si mesmo quando for maior".

Na minha opinião levar uma criança a Igreja é tirar a liberdade de escolha da criança do que diz respeito a assuntos religiosos ou de fé, quando um adulto faz isso contribui para a alienação mental da criança, e dogmatizacão de um cérebro fértil.

Existe um conceito já antigo de que na religião encontramos moral, civismo, educação, e que uma criança educada na religião tende a ser boazinha.
Eu discordo totalmente disso porque ninguém precisa de religião para ser bom, uma vez que a criança seja bem educada e bem encaminhada, saber respeitar o próximo, ser educada a viver em harmonia com a natureza e outros bens morais que os pais possam passar, a criança será um exemplo a seguir.

Uma criança deve brincar e estudar, deve ser livre de dogmas e de ter medo de condenação e coisas de gênero.

É perfeitamente possível educar uma criança sem o uso de religiosidade.

Inclusive é injusto com a criança batizá-la (iniciar) em qualquer religião, pois os pais não tem direito de escolher no que o filho vai acreditar (ou não).

Nosso dever é educar e não impor conceitos...

quarta-feira, 7 de maio de 2014

No Sudão do Sul, crianças-soldado chegam a 9 mil

ONU quer evitar no país um genocídio como o de Ruanda


JUBA — Em cartaz em uma exposição de fotografias em Nova York, o ator sul-sudanês Ger Duany revela que usou uma AK-47 antes de aprender a ler e escrever. Assim como ele, nove mil crianças-soldado refletem a realidade da infância em um país que vive um conflito étnico responsável pela morte de milhares de pessoas desde dezembro do ano passado. Nesta quarta-feira, após se reunir com o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar, as duas pontas da violência, a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse estar “horrorizada” com a indiferença de ambos os lados e denunciou a morte de crianças em massacres cometidos tanto pelo Exército como pelas forças partidárias de Machar.


Unidos pelo Sudão do Sul
‘Nunca vi uma violência tão crua, sem nenhuma motivação política’, conta brasileiro no Sudão do Sul
No Sudão do Sul, 50 mil crianças podem morrer de fome até o fim deste ano
ONU revela massacre étnico em cidade petroleira do Sudão do Sul
No total, 32 escolas e centros médicos estão nas mãos das duas tropas.
— A perspectiva de infligir fome e desnutrição em grande escala a centenas de milhares de compatriotas pela incapacidade pessoal em resolver suas divergências pacificamente não parece provocar grande comoção — afirmou Pillay.
O conselheiro para a prevenção do genocídio da ONU, também presente ao encontro, também afirmou que não permitirá que o genocídio cometido em 1994 em Ruanda se repita no país.
— As incitações ao ódio e os massacres com bases étnicas no Sudão do Sul provocam o temor de que "este conflito provoque uma violência grave que escape de qualquer controle — afirmou Adama Dieng. — Devemos garantir que os responsáveis pelos crimes cometidos aqui respondam por eles. Aos sobreviventes do genocídio, devemos o juramento de adotar todas as medidas ao nosso alcance para proteger a população de uma nova Ruanda. Não há desculpa para não atuar.
De acordo com Dieng, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está muito preocupado e fará com que “o que aconteceu em Ruanda não se repita nunca em nenhuma outra parte do continente”.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/no-sudao-do-sul-criancas-soldado-chegam-9-mil-12351050#ixzz312CBlBFT

segunda-feira, 5 de maio de 2014

ACABANDO COM A RIQUEZA EXTREMA - A POBREZA EXTREMA DESAPARECE NATURALMENTE




É preciso pôr fim ao capitalismo

Acabar con el capitalismo

 Alguns dias atrás, Jim Yong Kim, Presidente do Banco Mundial, disse que 1 bilhão de pessoas vive hoje em extrema pobreza. Isso representa um sétimo da população, ou quase 15 por cento dos habitantes da terra. Para ressaltar a gravidade da situação, Kim indicou que "colocar um fim à pobreza extrema exigiria que 1 milhão de pessoas deixasse de ser pobre a cada semana, durante 16 anos".
Há cêrca de 5 anos, José Vidal Beneyto escreveu que "a cada 3 segundos morre uma criança por sofrer de pobreza, e em resposta todos os dias a fortuna dos mais ricos se multiplica rapidamente". Ele havia se aprofundado em um relatório da Organização das Nações Unidas sobre desenvolvimento de recursos humanos, desmontando a falácia da pobreza devido a circunstâncias inevitáveis. Desnutrição, fome, doença, exploração, analfabetismo, mortalidade infantil... poderiam ser eliminados se acabássemos com uma ordem social cujo principal objetivo é aumentar a riqueza dos ricos.
Vidal Beneyto citou um relatório por Emanuel Saez e Thomas Piketty que mostrava que 1 por cento das pessoas mais ricas dos Estados Unidos possuíam uma fortuna maior do que a que tinham, na época, 170 milhões de americanos com menos recursos. Mas isso foi há quase 5 anos. Um estudo na Universidade da Califórnia em Berkeley (Striking it richer: the evolution of top incomes in the United States – Ficando mais rico: a evolução dos rendimentos mais altos nos Estados Unidos) mostra que, de 2009 a 2012, nos Unidos Estados, os 1 por cento mais ricos da população se apropriaram de 95 por cento do aumento da receita no país. O benefício desses 1 por cento mais ricos cresceu mais de 30% nesse período; mas, o benefício do resto foi só um pequeno 0.4 por cento.
Conforme mostrado pelos dados do Credit Suisse, em um mundo de 7,3 bilhões de habitantes, quase metade da riqueza está nas mãos de 1% da população, enquanto a outra metade é distribuída entre os 99 por cento restantes, sendo maior o número daqueles têm menos. A desigualdade cresce sem cessar, pois a riqueza cada vez se redistribui menos e se concentra mais em muito poucas mãos.
No Reino da Espanha, se medirmos os rendimentos dos 20 por cento mais ricos da população e dos 20 por cento mais pobres, lembra-nos Juan Torres, veremos que a desigualdade aumentou dramaticamente desde 2007. A Espanha é o país europeu com mais desigualdade. Em 2011, apenas Bulgária e Romênia tinham maiores taxas de pobreza.
Mas isso não acontece apenas na Espanha. Na Alemanha, já existem 8 milhões de trabalhadores que ganham menos de 450 euros por mês; e, na França, o nível de pobreza é o maior desde 1997: 2 milhões de trabalhadores ganham menos de 645 euros por mês e 3,5 milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar para sobreviver. Mesmo em países com reputação de mais igualitários (Suécia ou Noruega, por exemplo), a renda dos 1% mais ricos aumentou mais de 50 por cento, mas não a do resto da população.
O caso espanhol é o mais grave. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, só a Lituânia o supera em aumento da desigualdade; o que significa que desigualdade e pobreza associadas atingirão níveis insustentáveis se não forem tratadas. Falar em desigualdade é, necessariamente, falar de pobreza. E a pobreza que acompanha a desigualdade tem consequências terríveis. Por exemplo, Joanna Kerr, diretora geral da ActionAid International, anunciou recentemente que, se não se agir imediatamente, mais 1 milhão de crianças poderão morrer até 2015.
Mas, não se luta contra a pobreza sem fazê-lo contra a desigualdade também. Uma desigualdade que persiste e cujas causas estruturais são a imposição de uma liberdade total para a compra e venda de bens, capitais e serviços; a completa desregulamentação da atividade econômica (principalmente financeira); a redução drástica das despesas públicas; mais a exigência de um rígido controle orçamental, especialmente em serviços e atendimento dos direitos sociais. Para não mencionar a indecente redução sistemática dos impostos para os mais ricos, que começou em 1980 e não cessou.
É evidente que para combater a pobreza extrema é essencial pôr fim à extrema riqueza. Como Eduardo Galeano disse: "este capitalismo assassino mata os famintos ao invés de matar a fome, e está em guerra contra os pobres mas não contra a pobreza". Então, é óbvio que devemos liquidar o capitalismo.

PtZonaNorte

domingo, 4 de maio de 2014

“A teologia da prosperidade está machucando a África”

“A teologia da prosperidade está machucando a África”, diz missionário no continente, que lamenta distorções no Evangelho 


A teologia da prosperidade está ferindo a África. Essa é a constatação do missionário J. Lee Grady, que trabalha no continente através da organização The Mordecai Project.

Grady é ex-editor do portal cristão de notícias Charisma News e vem se dedicando ao trabalho missionário na África há alguns anos. Em seu artigo, ele afirma que a teologia da prosperidade é “uma das maiores ameaças à fé no continente”.

“Eu sei que a origem desta mensagem é pregada nos Estados Unidos, e eu sei que nós somos os únicos que a exportaram para o exterior. Não estou minimizando os danos que a pregação da prosperidade tem feito em meu próprio país. Mas eu testemunhei como alguns cristãos africanos estão tomando esta mensagem com foco no dinheiro”, disse o missionário, demonstrando preocupação com os extremos.

De acordo com o artigo escrito por J. Lee Grady, a teologia da prosperidade na África mistura o cristianismo com o ocultismo: “Um pastor enterrou um animal vivo sob o piso de sua igreja para ganhar o favor de Deus. Outro pediu a seus fiéis para trazer garrafas de areia para a igreja para que ele pudesse ungi-las, então ele disse às pessoas para polvilhar a areia em suas casas para trazer bênçãos. As pessoas que seguem esses charlatões são lembrados de que a sua colheita prometida não se concretizará, a menos que eles façam grandes doações”, relatou.

O evangelho pregado a partir da teologia da prosperidade “alimenta a ganância”, diz Grady, que complementa: “Qualquer pessoa que conhece a Cristo vai aprender a alegria de dar aos outros. Mas o evangelho da prosperidade ensina as pessoas a se concentrar em obter, não dar. Na sua essência, é uma fé egoísta e materialista, com um fino verniz cristão. Os membros da Igreja são constantemente convidados a semear para colher as recompensas financeiras cada vez maiores. Na África, conferências inteiras são dedicadas à coleta de ofertas, a fim de alcançar a riqueza. Pregadores se gabam sobre o quanto eles pagaram em ternos, sapatos, colares e relógios. Eles dizem a seus seguidores que a espiritualidade é medida pelo fato de que eles têm uma casa grande ou um bilhete de primeira classe. Quando a ganância é pregada no púlpito, se espalha como um câncer na casa de Deus”, lamentou.

Outro ponto prejudicial destacado no artigo é o orgulho. Segundo J. Lee Grady, a teologia da prosperidade “deu origem a um estilo deformado da liderança”.

“Eles plantam igrejas não porque eles têm sede de alcançar as almas perdidas, mas porque eles vêem cifrões quando preenchem um auditório com cadeiras. A mensagem egoísta produz líderes oportunistas que precisam de posição, aplausos e muitas vantagens para mantê-los felizes. O pregador da prosperidade mais bem sucedido é o mais perigoso porque ele pode convencer a multidão de que Jesus morreu para dar a você e a mim um carro importado”, criticou o missionário.

Uma das essências do cristianismo, a formação de um caráter segundo o caráter de Deus, vem sendo deixada de lado nas igrejas africanas que adotaram a teologia da prosperidade: “[Essa pregação] é uma imitação pobre do evangelho, porque não deixa espaço para a fragilidade, o sofrimento, a humildade ou atraso. Ele oferece um atalho ilegal. Os pregadores da prosperidade prometem resultados imediatos e durante a noite de sucesso , se você não receber o seu avanço, é porque você não deu dinheiro suficiente na oferta. Jesus chama-nos a negarmos a nós mesmos e segui-Lo; A pregação da prosperidade nos chama a negar Jesus e seguir as nossas concupiscências materialistas. Há uma crise de liderança na igreja africana porque muitos pastores estão tão empenhados em ficar ricos, que eles não acompanhar o processo de discipulado, que exige abnegação”.

Por fim, Grady conclui com uma estatística lamentável que depõe fortemente contra a teologia da prosperidade. Segundo ele, esse tipo de pregação torna os fiéis ainda mais pobres: “Igrejas têm crescido rapidamente em muitas partes da África de hoje, mas a África Subsaariana é a única região do mundo onde a pobreza aumentou nos últimos 25 anos. Assim, de acordo com as estatísticas, o evangelho da prosperidade não está trazendo prosperidade! É uma mensagem errada, mas acredito que Deus vai usar os líderes africanos quebrantados e abnegados para corrigir isso”.

Por Tiago Chagas

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O grito sufocado de Miruna Genoino


"Graças a médicos muito bem escolhidos por sua ideologia, e a uma mídia que chega ao ponto de se regozijar com uma pessoa doente ter de ir a um presídio, meu pai passará o seu aniversário na Papuda.
Dia 3 de maio meu pai faz aniversário.
Estará apenas do lado do seu companheiro José Dirceu.
E estará com a vida em risco, graças à criminalização da política criada para calar aqueles que somente lutaram por projetos e ideias, nunca por dinheiro.
Já não tenho coração.
Já não tenho lágrimas.
Já não tenho grito.
Já não tenho alma. E aqui estou.
Porque tenho dois filhos que são pequenos demais para viver na própria pele a injustiça da vida.
Eu só posso pedir a vocês que rezem, acho que nem pelo meu pai não, porque ele está forte e sua luz é eterna, mas rezem por essa pessoa que decide a desgraça alheia.
Rezem pela Globo. Rezem pela Folha. Rezem pela Veja.
Eu tenho certeza de que eles todos precisam de orações para que um dia sejam capazes de ver o que estão fazendo com um ser humano e toda sua família. Que eu tenha forças para continuar respirando".

Por Miruna Genoino