Mundo inalcançavel
A influência do capitalismo no processo educacional
As classes dominantes não mais se interessam pela obtenção de consensos, “tal é a confiança que tem em não há alternativas ás ideias e soluções que defendam ( pois)... o que existe não tem que ser aceito por ser bom. Bom ou mal é inevitável, e é nessa base que tem de se aceitar”.( Santos,2000: 35)
A educação quando apreendida no plano das relações educacionais apresenta historicamente um campo de disputa hegemônica, e esta disputa vem articular as concepções, as organizações do processo e de conteúdos educativos da escola, mais amplamente, nas diferentes esferas da vida social e os interesses das classes numa perspectiva crítica mais atual e radical da falsidade desse pressuposto da natureza classista, excludente e alienadora da sociedade.
Todo o percalço visto e debatido não se trata de um embate novo, contemporâneo, mas apenas de questões e problemáticas que assumem um conteúdo histórico e especifico dentro das novas formas da sociabilidade capitalista, por esta razão podemos perceber que o papel social da educação ou especificamente das relações entre o processo da educação, os da formação humana vem nos mostrar porque a educação e a vida social ao mesmo tempo em que são antagônicas e conflitantes no capitalismo é também um circulo vicioso onde o capitalismo necessita de gerar este exército de analfabetos funcionais para continuar gerando uma economia de consumo sem responsabilidade do seu fracasso, tendo um caráter perverso de subordinação da realidade brasileira.
A educação de qualidade perpassa pela necessidade antológica de qualificação do homem no desenvolvimento de condições físicas, afetivas, intelectuais e estéticas. A educação deve ter uma visão capaz de satisfazer as necessidades humanas no plano dos direitos que não deve ser comercializadas ou mercantilizadas, e quando isso ocorrer não agrida diretamente a própria condição humana.
Assim a escola dentro do seu papel social atual passou de transformadora da consciência humana, para alienadora da consciência humana.
Com essa visão social da crise da educação, arrastam com sigo todos que circundam e necessitam dessa educação para crescer e se desenvolver, a classe de professores entram em depressão e stress constante pois se deparam com a incapacidade de exercer seu papel de educadores ,pois se perguntam ,Educar quem? , Como? , Com que qualidade?. O governo investe em projetos, distribui verbas, cria leis, mas o que chega até os professores?.
O governo passou a idealizar projetos de inserção social para indivíduos excluídos do acesso a educação, cultura, lazer, e profissionalismo, por meios de projetos compensatórios ( bolsas educacionais de inserção as faculdades, financiamentos, e outros meios de acentuar os impactos negativos da educação pública e se eximir de suas responsabilidades.) e coloca isso como revolução, modernização e transformação das escolas para o mundo capitalista, mas na realidade atrás destas máscaras, esse programas tem somente colaborado para o aumento do fracasso educacional e da pobreza, aumentando as desigualdades sociais e dividindo o mundo entre dominantes e dominados. Para que serve os planos do governo?. São implementados sempre com intuito de atingir os índices de qualidade como o IDEB, mas qual é a verdadeira intensão dos bancos internacionais em financiar a educação de países subdesenvolvidos como o Brasil?, eles buscam diminuir a diferenciação de culturas, a homogeneização as diferentes experiências de produção do conhecimento, com a ausência do que é real para o imediato, ausência de futuro para o que é novo.
Os países desenvolvidos com o advento do capitalismo voltaram seus olhares para os países subdesenvolvidos ou emergentes, pois a marginalização e a pobreza desses países são gritantes e o mercado visualiza uma grande perda no consumismo e precisa ganhar novos mercados, então investe na educação para a elevação da qualidade de vida desses países que o próprio capitalismo marginalizou. Mas para que tudo de certo é necessário que essa educação não atinja índices elevados para que eles possam continuar sempre dominando e ditando as regras que devemos seguir. Como coloca a citação” o que existe não tem que ser aceito por ser bom. Bom ou mal é inevitável, e é nessa base que tem de se aceitar. O que será que podemos fazer? Pense nisso.
Allan Castro
Allan Castro
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