domingo, 30 de março de 2014

No Uruguai, maconha legal será rastreável e terá limite de THC


  (Foto: Flickr/ Creative Commons/duncan)
OUruguai antecipou nesta quarta-feira, dia 26, aspectos da da lei que controla a produção e venda de maconha no país. A carga psicoativa da droga, por exemplo, será limitada e também será criado um sistema de rastreamento de cannabis, similar ao que existe para o gado. Através dele, haverá o acompanhamento de todos os períodos do processo da produção da droga.
"O rastreamento é fundamental para garantir que a maconha se ajuste aos parâmetros legais, e também para oferecer segurança aos países circundantes", afirmou o presidente da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Diego Cánepa. Ele citou o Brasil e Argentina, que buscam impedir a entrada clandestina de maconha uruguaia em seu território.
Cánepa revelou que a concentração máxima de THC (princípio psicoativo da maconha) está limitada pela lei a 15%, e que esta "se dá de forma natural na planta" - motivo pelo qual descartou que se recorra à modificação genética para a produção legal. Também rejeitou que o Uruguai vá importar plantas ou sementes para a produção inicial de maconha, já que "no país já há maconha porque o cultivo é legal" desde que se sancionou a lei, embora não esteja regulamentada ainda.
O cultivo estatal da maconha se iniciará em campos militares, mas Cánepa descartou que o pessoal das Forças Armadas se dedique a esta atividade. Os militares se limitarão a "garantir a segurança" nas plantações.
A minuta da regulamentação será apresentada a Mujica na próxima semana, e poderia entrar em vigor no próximo dia 10 de abril. 
Como os uruguaios terão acesso à maconha?
A regulamentação vale para três formas de contato com a droga: a compra através do sistema de distribuição estatal, o cultivo doméstico e a associação a um clube de cannabis. Cada consumidor poderá ter acesso à droga utilizando apenas um destes canais, e não vários ao mesmo tempo, antecipou Cánepa.
Turistas podem comprar?
A regulamentação prevê que só é permitido vender a droga de maneira legal aos cidadãos uruguaios ou aos residentes que tenham permanecido por um período mínimo de um ano no país, para evitar o chamado "turismo da maconha".
Fonte:Revista Galileu

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