Por Luíza Antunes
Todos os sites de notícia têm falado sobre o avião da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março sem deixar rastros, com 239 passageiros. Como pode um avião desse tamanho simplesmente sumir de todos os radares? Bom, esse não é o único caso de desaparecimento na história. Ao longo dos anos, alguns aviões sumiram de repente, como se nunca tivessem existido. As especulações vão de acidentes, ataques piratas até a real existência da ilha de Lost ou abdução por extraterrestres. Seja lá qual forem as explicações, conheça 6 casos de desaparecimento muito estranhos.
1. Amelia Earhart e o Lockheed Model 10 Electra
Amelia Earhart é uma grande pioneira da aviação. Ela foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Atlântico, foi autora de best sellers sobre a experiência de voar e era ativista pelos direitos das mulheres. Em 1937, ela planejou fazer sua primeira volta ao mundo. A viagem começou em maio, na Califórnia. No dia 29 de junho, ela já havia praticamente completado a volta ao globo: faltavam somente duas paradas para terminar o trajeto. No dia 2 de julho, ela e seu copiloto, Fred Noonan, partiram de Papua Nova Guiné em direção à Howland Island, ilha no meio do Pacífico. Foi nesse caminho que o avião desapareceu. Problemas com o sistema de comunicação de rádio provam que Earhart e Noonan estava com dificuldade de encontrar onde pousar. Até hoje discute-se o que aconteceu com o avião. A teoria mais aceita é que eles ficaram sem combustível e caíram na água, ou que pousaram numa ilha deserta e acabaram morrendo de fome.
2. B-47
Em março de 1956, quatro jatos Boing B-47 da Força Aérea dos Estados Unidos levantaram voo na Flórida em direção a uma base militar no Marrocos. O voo estava previsto para acontecer sem paradas e o reabastecimento dos aviões ocorreria em alta altitude. O primeiro reabastecimento aéreo aconteceu sem problemas. Na segunda vez, os jatos tiveram que descer uma nuvem muito densa. Eles estavam a mais de 4 mil metros de altitude quando um dos jatos sumiu. Para piorar a situação, o avião estava carregando duas cápsulas de bombas nucleares, apesar da detonação ser impossível. Mesmo com muitas buscas, nenhuma pista foi encontrada. A tripulação, formada por três pessoas, foi declarada morta.
3. Frederick Valentich e o Cessna 182L
Frederick Valentich era um jovem australiano de 20 anos que sonhava em ser piloto, apesar de não ter exatamente a disciplina e habilidade para tal profissão. O jovem já havia feito 150 horas aula de voo, mas falhou na hora de passar tanto nos exames da força aérea, quanto para piloto comercial. No dia 21 de outubro de 1978, Valentich fazia um voo privado pela Austrália quando contactou o controle aéreo de Melbourne para contar que uma aeronave estava o seguindo a cerca de 300 metros acima dele. Depois, reclamou que a aeronave estava se aproximando e que ele estava tendo problemas mecânicos. Quando solicitaram que ele identificasse o tal avião, Valentich disse: “Não é um avião!” e sua transmissão foi interrompida, substituída por barulhos de arranhado metálico, até que sumisse completamente. Frederick e seu avião nunca foram encontrados. Ufologistas defendem que nesse dia, na Austrália, foi detectada atividade extraterrestre. Especialistas preferem acreditar que Valentich estava voando de cabeça para baixo e confundiu as luzes que viu acima de si ou que ele fingiu seu próprio desaparecimento, já que não há uma confirmação por radar da posição que ele afirmou estar.
4. Boeing 707 Varig
Um dos desaparecimentos estranhos faz parte da história da aviação brasileira. Em 1979, um avião cargueiro da Varig, um Boeing 707, partiu de Tóquio rumo a Los Angeles. O avião levava 6 tripulantes e uma carga de 20 toneladas. O piloto era um brasileiro muito experiente, considerado um herói por fazer um pouso de emergência na França, após a aeronave de passageiros que ele comandava pegar fogo por conta de um passageiro que fumou no banheiro. O Boeing da Varig fez contato 33 minutos após a decolagem, quando sobrevoava o Oceano Pacífico, mas depois não teve mais nenhuma comunicação. Apesar das buscas, a aeronave nunca foi encontrada, nem partes de algum destroço, não havendo nenhuma explicação para o motivo do desaparecimento.
5. Douglas DST airliner
Em 28 de dezembro de 1948, o Douglas DST airliner, avião que carregava 29 passageiros e 3 tripulantes, fazia um voo entre San Juan, Porto Rico e Miami. Antes de partir, verificou-se que as baterias do avião estavam descarregadas. Com isso, o sistema de rádio apresentava problemas. Porém, como é possível recarregar a bateria com os geradores do avião funcionando, o piloto circulou próximo ao aeroporto por 11 minutos e, com os rádios funcionando novamente, seguiu viagem. Durante boa parte do voo, a comunicação foi feita de forma rotineira. Às 3h40 da madrugada, o piloto informou que o avião estava a cerca de 80 km de Miami. O controle aéreo da cidade então tentou informar que o vento tinha sofrido uma mudança na direção – mas eles simplesmente não conseguiram fazer contato com o Douglas DST. Sem saber sobre o vento, a aeronave pode ter desviado de sua rota e ido parar na famosa região do Triângulo das Bermudas. Fato é que o avião e seus passageiros nunca foram encontrados, assim como especialistas nunca conseguiram achar uma explicação plausível para o sumiço.
6. Navy Flight 19
A história do Navy Flight 19 já virou até livro. Trata-se de um grupo de 5 aviões torpedo dos Estados Unidos, que estavam fazendo um treinamento na região próxima a Fort Lauderdale, na Flórida, em 1945, quando sumiram. Pelas conversas de rádio, o compasso dos aviões parou de funcionar e eles aparentemente estavam perdidos na região do Triângulo das Bermudas. Nunca foram encontrados quaisquer destroços dos aviões, o que dificulta a teoria de que eles ficaram perdidos, sem combustível e caíram no mar. Além disso, um avião que buscava pelo esquadrão desaparecido explodiu misteriosamente, com 13 tripulantes dentro. Para completar a lista de fatos estranhos, numa das transmissões de rádio, o piloto disse a seguinte frase: “Nós estamos nos aproximando de uma água branca, nada parece certo. Nós não sabemos onde estamos, água é verde, não branca”.
Revista Super Interessante
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