quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A proibição dos "rolezinhos" e o apartheid social.


Os Shopping Centers são elitistas,e utilizam-se do discurso de propriedade privada para segregar ainda mais os jovens de pouco poder de compra,"os de classe violenta" que causam furtos, tumulto e desordem (porque consumir é necessário para acessar e transitar por seus corredores oferecendo seus produtos e serviços) atraídos pelas luzes,vitrines e aromas das Praças de Alimentação, do restante dos “cidadãos de bem''.

Bloquear portas automáticas dos Shoppings para uma avaliação prévia de quem pode ou não entrar,é discriminação,e se for negro,pobre e morador da periferia,logo é impedido de acessar e utilizar o mesmo espaço de compras e lazer dos burgueses e consumidores vorazes com elevado poder de consumo,que os diferencia;seja pelo uso de roupas de grife ou pela cor da pele.

Do outro lado ouve-se comentários preconceituosos como:"vão trabalhar,vão estudar,bando de desocupados".Na mídia,vândalos,baderneiros,marginais é a definição para os que participam do "rolezinho".

A proibição do acesso desses jovens aos espaços reservados aos que consomem ou compram,vem escancarar a realidade que muitos se negam a aceitar.Existe preconceito de classe,e por consequência,segregação dos jovens moradores das periferias,já tão marginalizados pelo sistema.

À parte dos que vão somente para dar um "rolezinho",estão os que consomem,(menos é claro,se comparado ao nível de consumo dos frequentadores assíduos de maior poder aquisitivo).

Com o crescimento econômico,e os programas sociais criados pelo Governo Federal,eles possuem emprego fixo e cartão de crédito.E com a segurança da renda gerada pelo trabalho,que muitos conciliam com os estudos,os finais de semana são destinados ao lazer e às compras é claro,mesmo que insignificantes aos olhos dos comerciantes estabelecidos nos Shopping Centers.

Essa insatisfação da elite burguesa,incluindo os proprietários desses estabelecimentos comerciais tem nome:apartheid social.










 










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