Hoje,enquanto eu me dirigia ao centro da cidade,já dentro do ônibus, vi uma abelha tentando sair da condução.
Ela se esforçou tanto para ultrapassar a janela que pensei que desistiria, que a sua energia esgotaria, mas ela me surpreendeu, continuou tentando e tentando...
Não podia deixá-la morrer daquela maneira, apesar de saber que sua morte seria um grande exemplo para mim, decidi tornar como exemplo, não a sua morte, mas a sua liberdade,
a sua vida.
Abri a janela e deixei que descobrisse sozinha, o caminho certo, mas passou a metade da viagem tentando, pensei em dar mais um empurrãozinho, mas contestei: Por que deveria empurrá-la?
Se eu já lhe ofereci a liberdade, se ela a quer tanto que a encontre, mas mais uma vez fui tomada pela vontade de ajudar. Decidi abrir mais um pouquinho a janela, de repente, se ela sentisse o vento próximo de suas asas, veria que aquela janela era sua prisão, mas poderia ser sua liberdade, bastava sentir o vento. Fiquei na torcida...
E quando eu disse para mim: Vai abelhinha, você consegue!
Ela sentiu o vento e seguiu o seu rumo sem olhar para trás.
A sociedade mais organizada do reino animal pertence às formigas e abelhas.
Nesse caso,a abelha por instinto,não se deteve em um ambiente que não lhe pertence,e ver sua luta para a liberdade, foi construtivo para mim.
Vê-la se libertar de sua própria visão me fêz rever o meu conceito de tudo o que realmente vejo.E enxergar foi simplesmente libertador!
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